Se vira nos 30....


Se vida de ator já não é nada fácil, imagine aí como deve ser fazer um espetáculo atrás do outro? Sair de um personagem e logo entrar em um novo, no mesmo dia? Loucura! Pois tem uma galerinha aqui no Vila que não dispensa trabalho e tá bombando em várias peças. Que o digam Ricardo Fagundes e Camilo Fróes. Os meninos marcaram presença nos espetáculos infantis do Vilerê – o mês da criança no Vila.

Ricardo é ator da Cia Viladança e foi convidado pela Companhia Teatro dos Novos para atuar em Rerembelde, que rolou semana passada aqui no Vila. O ator também integra o elenco de Da ponta da língua à ponta do pé, da Viladança, que volta a cartaz nos próximos dias 27 e 28 de outubro.

Já Camilo, d’A Outra Companhia de Teatro, atuou ao mesmo tempo em Rerembelde, onde fez o papagaio Verdinho, e em Arlequim – o servidor de dois patrões, que encerra temporada no próximo dia 28 de outubro. Em Da ponta da língua à ponta do pé, Camilo faz a voz de um dos locutores da Rádio Umbigo.

Confira uma pocket entrevista de duas perguntas que o blog TVV fez com os rapazes:





Blog TVV – Como você chegou ao Vila?

Ricardo- Durante o primeiro Amostrão Vila Verão, em 1997, fiz uma oficina de interpretação para iniciantes com Hebe Alves. No final das aulas, Marcio Meirelles convidou os alunos para atuarem em Um tal de Dom Quixote. Foi a minha primeira peça profissional. Neste período, abandonei a faculdade de Publicidade para fazer Teatro e passei em primeiro lugar no vestibular. Na universidade, fiz uma pesquisa científica em dança e teatro durante seis anos e, desde então, essa tem sido a minha vida. No ano passado, Cristina Castro me convidou para integrar a Cia. Viladança. Meus amigos me chamam de “atorino” - um misto de ator com dançarino - e é bem assim que eu me sinto.

Camilo – Minha mãe me obrigou a fazer aula de teatro na escola. Depois, por vontade própria, fui fazer as oficinas para iniciantes no Vila Velha, com Chica Carelli. Gostei tanto que fiz de novo umas quatro vezes seguidas. Virei público cativo do teatro: fazia as oficinas e assistia às peças. Em 2001, na véspera do vestibular, fui ao Vila assistir uma peça. Neste dia, Marcio Meirelles me convidou para substituir o baterista do espetáculo na noite seguinte. De manhã fui fazer o vestibular e depois passei a tarde toda ensaiando. Em 2002, fiz Imagina só... aventura do fazer, pela Cia Novos Novos. Neste mesmo ano, fui contratado para ser o menino do computador do Vila. Em 2003, Vinicio de Oliveira precisou de um substituto para A Pena e a Lei e eu me ofereci. Em 2004, fundamos juntos A Outra Companhia de Teatro. Se você perguntar qual é a minha profissão, eu vou dizer que sou (na ordem) ator, produtor, arte grafista, web designer, compositor e agora DJ.




Blog TVV – Quais os próximos planos?

Ricardo - Além de Da ponta da língua à ponta do pé, que volta a cartaz nos dias 27 e 28 de outubro, estou me preparando para o EIC – Encontro de Investigação Coreográfica, projeto de novos coreógrafos organizado pela Viladança. O evento vai acontecer de 31/11 a 02/12 no Vila. Coreografei uma das peças que serão exibidas e danço em outras três.

Camilo – Quando acabar a temporada de Arlequim, neste final de semana, A Outra Companhia de Teatro vai se reunir para montar o texto O pique dos índios ou a espingarda de Caramuru, que ganhou o Prêmio Funarte Myriam Muniz. O espetáculo deve estrear em março do ano que vem.


Fotos: João Meirelles e Ricardo Borges.

Comentários

  1. E isso ai!!!! fazer realmente não é brincado não, é pra quem tem pique p/ aguenta uma correria do dia - a dia e abrir mão tudo p/ se dedicar a arte. Pois já dizia Basquiat. A ARTE N ESTÁ NA ESCOLA DE BELAS ARTES. A ARTE ESTÁ EM MIM ESTA EM VC, ESTÁ EM QUE SE PROPUSER A FAZER ARTE.
    e isso; eu torço por vcs meninos.


    milllll besocas....

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