Brasil e França juntos em intercâmbio teatral

A vinda de Thomas Quillardet ao Brasil é fruto da bolsa de pesquisa Villa Médicis – Hors les Murs, de seis meses, oferecida pela instituição francesa Cultures France e, além de Salvador, prevê o trabalho do diretor com artistas de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Na capital baiana há pouco mais de uma semana – onde conta com o apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia e do Consulado Geral da França no Recife – , ele já está no processo de ensaio com os atores da Companhia Teatro dos Novos, com quem estréia no dia 21 de agosto a peça A Geladeira (Le Frigo). "Minha missão aqui é semear a dramaturgia de Copi, esperando que depois dessa experiência os atores brasileiros se sintam instigados a pesquisar mais os seus textos", comenta Quillardet, que ao voltar a Paris no início de novembro produzirá um compte-rendu (um balanço a ser publicado na internet) sobre a experiência com os artistas brasileiros.
O diretor Thomas Quillardet já vem demonstrando interesse pelo Teatro nacional há algum tempo. Em 2005, por exemplo, participou da organização do Festival de Teatro Brasileiro no ano do Brasil na França, dirigindo a Companhia Mugiscué na produção da peça O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Além disso, promoveu no mesmo ano uma mostra da dramaturgia brasileira apresentando a montagem de 12 textos de autores nacionais. Para ele, a energia de criação é muito mais forte no Brasil que na França atualmente. "Os dois países têm tradições diferentes no Teatro, mas podem se complementar", acredita.

Apesar de sua profícua carreira como autor teatral, Copi ainda é pouco conhecido no Brasil – fato que Thomas Quillardet pretende mudar com a publicação no país dos textos A Geladeira (traduzido por Maria Clara Ferrer) e Loretta Strong (traduzido por Angela Leite Lopes). Com a montagem de A Geladeira pela Companhia Teatro dos Novos, Salvador será a primeira cidade brasileira a produzir uma peça do autor argentino, que completará 20 anos de falecimento no próximo mês de dezembro. Só depois da estréia na capital baiana, em agosto, é que o diretor produzirá suas versões da peça em Curitiba e no Rio de Janeiro.
O Teatro Vila Velha através da Companhia Teatro dos Novos, mantém a tradição da renovação da linguagem teatral no cenário baiano. Acho extremamente importante o intercâmbio que hora se apresenta e espero conhecer mais dos protagonistas envolvidos, autor e diretor bem como a leitura e amontagem dos textos.
ResponderExcluirA foto não poderia ser um pouco mais nítida?