Viladança encerra Rodando a Bahia com chave de ouro

Na última etapa do projeto Rodando a Bahia, da Companhia Viladança, o grupo visitou as cidades de Paulo Afonso e Coronel João Sá.



Desde o primeiro momento, dava para perceber que a viagem seria um sucesso. O pessoal da CHESF fez questão de levar o Viladança a um passeio exclusivo pelas imediações da empresa e das usinas. Os dançarinos fizeram uma visita completa, conhecendo, inclusive, as primeiras instalações, Angiquinhos, projetadas por Delmiro Gouveia. Impressionada com o tamanho das instalações, a diretora do grupo chegou a dizer que "Todo brasileiro deveria vir à usina de Paulo Afonso, para ter orgulho do seu país".




As demais construções da cidade são igualmente interessantes: o grande Clube Paulo Afonso, onde aconteceram as oficinas, tinha uma infra-estrutura completa e foi imprescindível para abrigar as quase 200 crianças que participaram dos cursos de arte. Por outro lado, o Centro Cultural da cidade, onde aconteceram as apresentações, recebeu um público de 1.100 jovens. Casa lotada.



Mas Paulo Afonso não encanta apenas pelas suas construções. O povo da cidade, muito acolhedor, foi ponto importantíssimo para a plena realização do projeto. Desde Marileide Brasil, da CHESF, até Rubem Brasil, da divisão de cultura do município, passando por Dolores Moreira, coordenadora da Associação Pauloafonsina de Dança e Teatro, o grupo contou com colaboradores importantíssimos.



A última cidade visitada pelo Viladança no projeto Rodando a Bahia foi, sem dúvidas, a que mais surpreendeu o grupo. Para se chegar a Coronel João Sá, é preciso pegar 4h de estrada de barro, sem asfaltamento, passando por um calor de quase 40ºC.Chegando na cidade, no entanto, a receptividade de todos (em especial do prefeito Romualdo e sua mulher Cleidejana) cativou o grupo. E aí as surpresas começaram a surgir: Dona Dedefa havia ido até Sergipe para comprar frutas para o lanche, um palanque na praça havia sido construído e... o Viladança descobriu que seria o primeiro grupo de artes cênicas a se apresentar em toda a história da cidade!

O resultado foi maravilhoso. Na única apresentação, às 19h, havia cerca de 2000 espectadores na praça, para assistir ao musical Da Ponta da Língua à Ponta do Pé e, ao final da apresentação, foram disparados fogos de artifício! Não poderia haver finalização melhor para o circuito.



O projeto Rodando a Bahia é uma iniciativa de formação de platéia da Companhia Viladança. O grupo contou com o patrocínio da CHESF, através do Fazcultura para viajar a 11 cidades do interior baiano levando uma iniciação artística para os habitantes locais através de oficinas de arte para crianças e apresentações do musical infanto-juvenil Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, que conta a trajetória da dança.

Números do projeto Rodando a Bahia 2006:

11 CIDADES DO INTERIOR DA BAHIA CONTEMPLADAS PELO PROJETO

20 APRESENTAÇÕES, 7.950 ESPECTADORES

40 OFICINAS DE ARTE, 1.588 ALUNOS

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