Estreia da festa MP³B faz homenagem à cultura pernambucana


O evento é mensal, integrando o calendário do Teatro Vila Velha, e faz uma homenagem aos estados do Norte-Nordeste, sempre em favor da cultura livre

Carol Andrade
(carolina.andrade@redebahia.com.br)/ Entretrenimento/Música/Ibahia 13/03/2013



O dia 12 de março é uma data importante para os pernambucanos. Isso porque tanto Recife quanto Olinda celebram suas fundações neste mesmo dia. Por aqui, a terça-feira (12) não passou em branco. Pedro Jatobá, o DJ VirguLinux, decidiu realizar a primeira edição da festa MP³B em homenagem ao estado onde foi criado. "Sou baiano, mas passei boa parte da minha vida em Pernambuco", contou o DJ.

O principal foco do evento é promover os artistas que liberam as músicas na internet. Todo o repertório da noite é de músicas disponíveis para download. "A ideia é fazer o público conhecer esses músicos e quem sabe trazer esses artistas de outros estados que não tocam nas rádios e nem passam na televisão para tocar aqui", completou Pedro. 

Outra ideia da festa é promover uma festa com música, gastronomia e outros detalhes culturais, sempre homenageando um estado do norte-nordeste. "A MP³B vai acontecer sempre na segunda terça-feira do mês como um projeto residente aqui do Vila Velha. Nas próximas edições vão acontecer outras noites temáticas. A gente brinca que MP³B tem a ver com Maranhão, Pernambuco e Bahia. E o P 'ao cubo' tem ligação com Pará e Paraíba", explicou Pedro. "São noites temáticas sempre com cultura livre", completou.



Na plateia, poucas pessoas e alguns interessados no modelo da festa. "Não conhecia o trabalho dele. Primeiro achei interessante o fato de ele usar um set com músicas oficialmente disponíveis para download e o nome 'VirguLinux' já me pegou de cara", explicou o também DJ, AnderSon, se referindo ao sistema operacional Linux de software livre.

A gastronomia também faz parte da cultura livre que Pedro tanto falou. Todos os pratos especiais da noite são parte da comida popular e têm receitas livres, disponíveis para ganhar alterações e novas versões. "Se você pedir um dos pratos aqui, vai ganhar a receita pra tentar fazer em casa", disse Pedro.

No palco, microfones ficaram disponíveis para repentistas e cordelistas que quisessem se expressar, cordéis - um dos maiores símbolos da literatura popular e nordestina - estavam expostos em um varal. O próprio DJ, com um chapéu de couro na cabeça e o menu preparado especificamente para a festa foram um convite à cultura pernambucana. 

Mas Pedro garante que deve manter a festa com detalhes de outras culturas. "A gente vai beber de outras fontes além de Pernambuco, como o Maranhão e sua cultura de bois, ou o Pará com o carimbó e a gastronomia rica, o próprio Recôncavo Baiano com a cultura do samba de roda, mas hoje é só Pernambuco por conta dos aniversários de Olinda e Recife", justificou. "Aqui estamos mostrando coisas que muita gente não conhece. A internet é a vitrine de quem não tem vitrine", encerrou.

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