Bando de Teatro Olodum apresenta "Áfricas" no Festival de Teatro de Curitiba


O Bando de Teatro Olodum participa no próximo mês, com o espetáculo "Áfricas", da Mostra Baiana, que integra a programação do Festival de Teatro de Curitiba, referência das artes cênicas do Brasil, na capital paranaense entre 26 de março e 7 de abril. Além do Bando, a Mostra, com curadoria do ator Wagner Moura, também terá 'Luz Negra' (Rino Carvalho), 'O Pássaro do Sol' (Olga Gómez), 'Pólvora e Poesia' (Fernando Guerreiro), 'Sargento Getúlio' (Gil Vicente Tavares), 'Seu Bomfim' (Fábio Vidal e Meran Vargens) e 'Siré Obá – A Festa do Rei' (Fernanda Júlia) representando o estado nesta ação que fará parte do FRINGE, mostra paralela do evento.

A ação faz parte do 'Programa de Difusão do Teatro da Bahia', realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), e tem o objetivo de promover a recente produção teatral baiana, estimular o seu intercâmbio e apresentar um panorama deste cenário com encenações de qualidade técnica e artística.

Premiado e nacionalmente reconhecido ator de teatro, cinema e televisão, Wagner Moura aceitou o convite de fazer a seleção dos participantes da Mostra Baiana, com a colaboração de Vadinha Moura. Os espetáculos foram escolhidos a partir do 'Kit de Difusão do Teatro da Bahia', que reúne informações sobre 28 montagens teatrais no intuito de ampliar a visibilidade delas nacional e internacionalmente. Este material inédito, que apresenta textos trilíngues (português, inglês e espanhol), imagens e vídeos, será lançado na abertura da Mostra Baiana no Festival de Teatro de Curitiba, onde curadores, produtores, artistas, representantes de diversos festivais de artes cênicas e imprensa especializada estarão presentes.

Áfricas
Primeiro espetáculo infanto-juvenil do Bando, Áfricas, dirigido por Chica Carelli, apresenta a riqueza cultural africana, da qual o Brasil é um dos principais herdeiros, por meio de sua história, seu povo, seus mitos e religiosidade. Neste espetáculo, as crianças e adolescentes encontram vários motivos para se orgulharem da herança africana. Descobrem que seus antepassados não foram apenas escravos e, sim, homens e mulheres nobres, guerreiros e detentores de uma vasta sabedoria ancestral.
Com delicadeza singular, a peça mostra não uma África com as imagens estereotipadas de animais selvagens, doenças e fome, e, sim, um continente complexo, formado por mais de 50 países e centenas de línguas e povos com histórias e culturas diferenciadas, além de um rico modo de se relacionar com o sagrado. Entre os contos selecionados pela diretora e elenco, está o mito da Criação, que narra a aventura de Oxalá, enviado por Olorum para criar o homem.

Um dos destaques do espetáculo, encenado pela primeira vez em 2007, é a união do canto e da dança, marca presente nas encenações do Bando. Por isso, a montagem é repleta de músicas compostas pelo diretor musical Jarbas Bittencourt e de danças coreografadas por Zebrinha. O cenário de Hélio Eichbauer e o figurino de Zuarte Junior completam a atmosfera mágica de Áfricas.

Comentários

Postagens mais visitadas