‘Uma vez, nada mais’: teatro mudo que deu o que falar

A premiada Aícha Marques em ação
como a costureira sonhadora de Uma vez, nada mais

E Uma Vez, Nada Mais volta ao palco do Vila Velha – desta vez, com dois prêmios na bagagem: o Braskem, nas categorias melhor espetáculo de 2009 (chique!) e melhor atriz para Aícha Marques. No palco, duas mulheres: de um lado, a costureira humilde e sonhadora, cujo amor não é correspondido. Do outro, sua cliente, uma noiva glamurosa prestes a concretizar sua felicidade. Aos poucos, elas descobrem que tem mais em comum do que pensam, compondo uma divertida “tragédia amorosa”.

Para contar esta história, a diretora Hebe Alves se valeu da estética do cinema mudo, idéia que surgiu em 1990, durante o VI Curso Livre da Escola de Teatro da UFBA. “Sob minha orientação, elas iniciaram a prática das variações de ritmo e outras qualidades de movimento, entrando no universo da ‘câmera rápida’ em oposição à ‘câmera lenta’, recursos narrativos próprios da arte cinematográfica, para utilizá-los na composição de seus desempenhos e na elaboração da cena teatral”, comenta a diretora.

A montagem traz também referências ao universo das novelas brasileiras, das dublagens, da chanchada, do melodrama. Concebidos por Zuarte Júnior, o figurino e cenário em preto e branco evocam nostalgia e saudade. A música, sob assinatura cuidadosa de Brian Knave, é quase um terceiro ator no palco. A equipe de criadores ainda conta com nomes experientes como Fábio Espírito Santo e Fernanda Mascarenhas no desenho de luz e Marie Thauront, na maquiagem.

Vem ver: Uma vez, nada mais. De sexta a domingo, às 20h, no Palco Principal do Teatro Vila Velha. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

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