A morte, por Edu O.

Foto: Alessandra Nohvais
Ana Fernanda Souza - Nucom

O público não se fez de rogado: sentou no chão e aceitou o chá e os biscoitos oferecidos pelos dançarinos Edu O. e Lucas Valentim. Os artistas protagonizam o espetáculo Odete, traga meus mortos, vencedor do Prêmio VIVADANÇA e em cartaz até 18 de abril no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha.

O chá com biscoitos oferecidos durante o espetáculo pretende criar um clima de intimidade para tratar de um tema tabu: a morte. A novidade fica por conta da abordagem. Ao invés de concentrar-se na dor e no sofrimento, a morte é contada sob o ponto de vista da vida.
Texto e coreografia dizem ao público que se morre todos os dias: em um relacionamento que acaba, no prazo de validade que expira, na infância que acaba para dar lugar às aventuras da adolescência. Encarada assim, a morte deixa de ser vista apenas como um evento tenebroso e passa a ser tomada como a companheira de uma vida bem-vivida.

Odete, traga meus mortos pode ser visto às sextas, às 20h; e aos sábados e domingos, às 18h, até o dia 18 de abril, como parte da programação do Festival VIVADANÇA. Os ingressos custam R$ 10 (inteira).

Comentários

  1. que texto lindo! parabéns.

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  2. Qual a dança que querem ver? Estou ficando estressado com a imprensa que me procura para entrevista, mas na verdade não querem me ouvir. A mídia quer a espetacularização da deficiência e eu quero respeito pela minha pesquisa, meu trabalho, meus projetos. Quem dança não é a cadeira de rodas e repórter nunca entende isso.... Não sou Luciana de novela, não quero comover com discurso raso. Sou artista e isso já abre um mundo!

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