TEATRO DE CABO A RABO 2005
Ficaram as boas lembranças e promessas para o ano

Terminou ontem à noite a Mostra Teatro de Cabo a Rabo 2005, com apresentações de grupos do interior e da capital. Para os artistas, que se confraternizaram e trocaram experiências ao longo de 5 dias nas dependências do Teatro Vila Velha, o saldo foi positivo, tanto do ponto de vista artístico, quanto político.

A primeira boa notícia foi a variedade das apresentações que passaram pelo palco principal, Cabaré dos Novos e Passeio Público. Estiveram frente a frente dois projetos do Vila: o Cabo a Rabo e o Tomaladacá, que promoveram o encontro dos artistas do interior e de grupos comunitários da capital, cada um com sua forma de expressão característica. Mesmo com a predominância da estética do Cordel, os grupos mostraram grande distinção de linguagens, com espetáculos de dança contemporânea, dança de matriz afro, teatro realista, de bonecos, mamulengos, improvisações e performance.

Também tiveram um excelente resultado as oficinas de máscaras e mamulengos, que contaram com uma grande quantidade de pessoas. Um fato que nos deixou ainda mais felizes foi ter conosco, orientando uma das oficinas, a atriz Celene Guedes, que participou do antológico espetáculo Stopem! Stopem! (1968) e mora em Camaçari, onde trabalha há mais de 30 anos com um grupo de teatro.

Pela manhã, a cada dia, os grupos fizeram reuniões para discutir os espetáculos apresentados no dia anterior e a situação do cenário artístico nos diverso municípios. Nesses encontros, os artistas fizeram um levantamento de suas demandas, o que resultou numa carta, que será encaminhada aos governos municipal, estadual e federal para reivindicar a adoção de políticas favoráveis ao desenvolvimento cultural nas comunidades fora da capital.

No mais, fica um pedaço de saudade e a vontade de começar tudo de novo em 2006!

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