Rodas Permaculturais de Conversa levam ao Vila discussões sobre sustentabilidade, desenvolvimento urbano e meio ambiente

Imagem da oficina "Arte de Semear" realizada pelo Instituto de Permacultura da Bahia

A partir do dia 5 de junho, o Teatro Vila Velha passa a sediar encontros mensais para discutir temáticas como sustentabilidade, desenvolvimento urbano e meio ambiente. Realizado pelo Instituto de Permacultura da Bahia (IPB) e pela Toca Ambiental, em parceria com o Vila, o projeto Rodas Permaculturais de Conversa passa a acontecer na primeira segunda-feira de cada mês, sempre às 18:30h, no palco principal do teatro. O tema do primeiro encontro será “Permacultura na Bahia: história, desafios e perspectivas” e o objetivo do projeto é criar um espaço de discussão e troca de ideias envolvendo diferentes setores da sociedade.

O bate-papo terá mediação de Rafael Brasileiro, educador e consultor em Permacultura do IPB e sócio da Toca Ambiental, e contará com a presença de Daniel Frediani, engenheiro ambiental e coordenador do núcleo metropolitano do IPB, que fará uma introdução ao tema da roda apresentando a história do Instituto de Permacultura da Bahia e abrirá o diálogo com o público. A entrada funciona no formato "pague quanto quiser" e os interessados devem confirmar a presença enviando um e-mail para permacultura@permacultura-bahia.org.br ou acessando este formulário. Conversamos com o Instituto de Permacultura da Bahia sobre o evento.

- O conceito de Permacultura surgiu na Austrália, nos anos 1970, vinculado à prática da agricultura, mas com o tempo sofreu mudanças e acabou se expandindo. O que defende a Permacultura hoje?

 
A Permacultura tem um caráter integrador entre o conhecimento científico com o saber popular e faz uma crítica não só ao modelo de agricultura convencional, mas também ao modelo de desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental que gera escassez e competição. A Permacultura defende uma cultura de permanência, baseadas em princípios éticos que geram cooperação e abundância.

- O Instituto de Permacultura da Bahia, fundado em 1992, é a organização mais antiga voltada à prática no Brasil e, nos últimos anos, temas como sustentabilidade, desenvolvimento urbano e meio ambiente são cada vez mais discutidos em diversos ambientes. No entanto, a Permacultura, ao menos como conceito, ainda é pouco conhecida pelo público baiano em geral. Como vocês avaliam essa presença no estado?

 
Há 24 anos o Instituto de Permacultura da Bahia atua como gerador de processos de aprendizagem e transformação social por onde passa. É com esse compromisso que realizamos nosso trabalho. Nesse ano de 2016 a Organização das Nações Unidas concedeu ao IPB o reconhecimento internacional do Programa Dryland Champions pelas ações que foram desenvolvidas no Projeto Águas do Jacuípe que uniu ações de recuperação da caatinga como a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em matas ciliares, de Quintais Agroflorestais e o Enriquecimento de Capoeira e também incluiu o desenvolvimento de tecnologias sociais de uso inteligente da água como por exemplo, a cisterna de produção, a barragem subterrânea e o tanque de pedra.

- Que papel a Permacultura pode desempenhar no espaço urbano, bem como no dia-a-dia de quem vive na cidade?


Os princípios éticos e de design que a Permacultura apresentam um conjunto de possibilidades que para solucionar problemas graves dos urbanos como a questão do destino dos resíduos sólidos, a captação da água da chuva e o reuso das águas servidas.

- O que se espera discutir nessa edição das Rodas Permaculturais?

Esperamos construir juntos uma linha do tempo da Permacultura na Bahia e gerar um debate com a sociedade sobre os desafios e as perspectivas para os próximos anos.

- Este é o início de uma relação entre o IPB, a Toca Ambiental e o Teatro Vila Velha. O que vocês esperam desta parceria?


Esperamos que seja uma relação produtiva do ponto de vista do trabalho e que gere processos de aprendizagem e fortalecimento para ambas instituições.

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