MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

Pouca gente de ve lembrar, mas o Vila Velha teve uma marcante participação na história do movimento estudantil na Bahia durante a ditadura. Aqui, quando esta casa funcionava sob o comando da Companhia Teatro dos Novos, secundaristas e universitários congregaram, discutiram, planejaram no Vila. Pouca gente deve lembrar. Muitos dos estudantes que compõem o movimento estudantil de hoje, sequer devem saber.

Organizar, armazenar e difundir a história de um movimento como esse não é tarefa fácil. Ninguém (ou quase ninguém) permanece na condição de estudante por tanto tempo, por isso mesmo, seu caráter extremamente mutante. Há os fatos tristes que todo mundo conhece, como a morte de Edson Luís, as vitórias recentes como a "revolta do buzu" em Salvador e Florianópolis, mobilizações nacionais como os "caras-pintadas" em 1992, tropeços e momentos de desorganização também, mais polêmicos, e talvez por isso mesmo valha mais à pena pontuar, sem exemplificar.

Fato é que os estudantes, ora mais, ora menos, ora vanguarda, ora eco, também sacodem as estruturas desse país. Por isso, no dia 05 de Dezembro de 2005, uma segunda-feira, às 19h, acontecerá o Memória do Movimento Estudantil, uma iniciativa da União Nacional dos Estudantes (UNE), Museu da República, TV Globo e Fundação Roberto Marinho, com o patrocínio da Petrobras e benefício da Lei de Incentivo à Cultura, visa reunir, organizar, preservar e divulgar documentos relacionados com a participação dos estudantes na política nacional. Através de uma ampla pesquisa em acervos públicos e privados, do resgate dos principais documentos deste movimento e do registro de depoimentos de personagens importantes, o projeto pretende recuperar uma parte essencial da memória política brasileira, disponibilizando as informações e também incentivando o conhecimento desta história. Todo esse acervo será doado ou emprestado à União Nacional dos Estudantes.

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