Espectador iniciante ou espectador “café-com-leite”?


A baixa qualidade artística das produções teatrais destinadas às crianças está, em grande parte, fundada na própria necessidade de adequar a linguagem do espetáculo ao pretenso “gosto da criança”, ou melhor, na necessidade de agradar aos adultos, aos responsáveis, em suas diferentes instâncias, de satisfazer as expectativas de quem possui, no fim das contas, o poder de compra (responsáveis culturais, professores, pais) ou o poder de determinar o bom desdobramento de uma produção (críticos de jornais e revistas, jurados de prêmios, etc.). Tudo isso acaba por definir um padrão estético para o dito “teatro infantil”, levando os produtores a não se contraporem ao conceito de infância estabelecido, construindo espetáculos que não incomodem ou choquem, adequando seus trabalhos ao consenso estético em vigor, que determina o que é “bom para a criança”.


Neste artigo, o dramaturgo e profesor Flávio Desgranges faz colocações provocadoras a respeito da produção teatral direcionada ao público infantil. Alvo de preconceito da sociedade e, o que é pior, da própria classe, o teatro para crianças precisa urgentemente receber mais atenção, principalmente levando em conta sua importância na sensibilização artística do púbico jovem e, consequentemente, para a formação de platéia. LEIA (formato pdf).

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