BRINCANDO DE SER LATINO AMERICANOS*


Viajamos 30 horas. Aeroporto, avião, aeroporto, avião, aeroporto, avião, aeroporto, van, estrada. Salvador, São Paulo, Panamá, Guayaquil, Manta. Então o teatro. Um teatro coberto de cortinas vermelhas. Toda a platéia, uma possibilidade de palco e cena.

O Teatro Chushig, teatro da universidade administrado pelo grupo de teatro La Trinchera. Coletivo que completa este ano, 29 anos. Quatro atores e um técnico. Administram, fazem a bilheteria, montagem, limpeza, cantina, escrevem, encenam, atuam, promovem um festival internacional de teatro há 25 anos e um de dança, há 12. Também trabalham com crianças e jovens, em grupos de formação. Tudo isto é teatro.

Estou aqui acompanhando a artista Cristina Castro. Ela veio com o grupo que dirige, Viladança, apresentar José ULISSES da Silva e dar oficinas em quatro cidades, num circuito de festivais. ULISSES fala do herói em viagem urbana em busca de sua Ítaca, a saída.

A emoção de entrar num teatro da América Latina, coberto de cortinas vermelhas, com pouco mais da metade da platéia ocupada por um público que pagou três dólares por ingressos, comprados na mão de Rocio Reyes, atriz da companhia, que pouco antes – e ainda durante – recortava jornais, numa mesa do salão de entrada do teatro, para fazer a pasta de imprensa do festival.

*Post retirado do blog de Marcio Meirelles. Leia o texto completo.

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