Perfil de Fernando Fulco no jornal A Tarde
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Em perfil publicado no jornal A Tarde de 10 de setembro, a jornalista Eduarda Uzeda destacou alguns importantes pontos da carreira do ator Fernando Fulco.
Fulco é ator desde 1975 e transita muito bem entre diferentes correntes das artes cênicas, já ganhou alguns prêmios de melhor ator e seu talento pode ser conferido no espetáculo Drácula (14 a 23/09). Confira na matéria o que dizem Maria Eugênia Millet, Chica Carelli, Marcio Meirelles, Luiz Marfuz e Gideon Rosa.
Matéria completa abaixo:
Muitos em um
PERFIL O premiado ator Fernando Fulco há 37 anos mostra sua arte nos palcos baianos.
Respeitado pelos pares, esbanja talento
A história do teatro baiano de quase quatro décadas não pode ser dissociada da trajetória artística do ator Fernando Fulco, 58 anos. O intérprete, que há 37 anos vem brilhando nos palcos da cidade, atuou em várias frentes: do teatro militante ao de vanguarda; do clássico ao moderno; da cena alternativa à contemporânea.
Fulco também transitou, com o mesmo talento e versatilidade, por diferentes correntes das artes cênicas: do realismo ao expressionimo, da tragédiaaosurrealismo, do épico ao absurdo.
Protagonista de várias peças, representou inesquecíveis personagens, como Baal, Macbeth, Fausto e Senhor Puntila (da obra O Senhor Puntila e o seu Criado Matti, de Bertoltd Brecht). Também imprimiu uma marca autoral em participações marcantes de peças, como Salomé, Album de Família, Mãe Coragem, Medeia, A Ópera dos Três Mil Reis e Fala Comigo Doce como a Chuva, só para citar algumas.
Repertório cênico
Este ricorepertório cênico-emocional, acumulado ao longo dos anos, é traduzido, em cena, numa atuação viva, precisa, vibrante, orgânica, mesmo quando o personagem é secundário na trama.
É o que acontece no espetáculo Drácula, que volta a cartaz a partir de sexta-feira, no Teatro Vila Velha. No papel de Van Helsing, cientista que combate o vampiro, Fulco prova que está em plena forma.
Experiência não lhe falta para encarar desafios. Ele participou dos antológicos grupos teatrais Amador, Amadeu(com Rogério Menezes e Nélia de Carvalho) e Avelãz y Avestruz (com Márcio Meirelles, Mária Eugênia Milet, Hebe Alves, dentre outros), sem falar na atuação, nos anos 80, do Circo Troca de Segredos, um trabalho mais alternativo.
Fulco, que trabalhou comdiferentes diretores, também foi versátil nos espaços teatrais: atuou tanto em espaço teatral convencional (palco italiano), como os de arena, semiarena, circo e rua.
O início
Nascido Fernando Borges Fulco, natural de Ilhéus, mas criado em Jequié, o intérprete veio para Salvador, em 1975, para trabalhar na área de contabilidade na Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro (Sanbra). “Foi então que Rogério Menezes (jornalista e escritor) me convidou para trabalhar no grupo Amador Amadeu. Nunca tinha pensado em fazer teatro antes, mas acabei me apaixonando”, conta.
O primeiro prêmio veio com a montagem Os Saltimbancos, direção de Deolindo Checcucci. “No papel do jumento, recebi o Prêmio Martim Gonçalves de Ator Revelação”, recorda. Seguiram-se os prêmios Martim Gonçalves de Melhor Ator com os espetáculos Baal, Álbum de Família e Bent.
Cinema
No cinema, Fulco marcou presença nos longas SuperOutro Eu me Lembro, O Homem que não Dormia (Edgard Navarro), Central do Brasil(Walter Salles) e Cidade Baixa (Sérgio Machado), dentre outros.
“Fernando Fulco é intenso, sensível, intuitivo... ele fez esta opção difícil, de ser ator em Salvador, semse vender a apelos globais. É um ator radical,” afirma a diretora teatral Maria Eugênia Milet.
A atriz e diretora Chica Carelli depõe: “Fulco é um dos melhores atores da Bahia. Qualquer coisa que faz ou fale no
palco tem uma força muito grande”. O diretor Márcio Meirelles reforça: “Fulco é um dos melhores atores baianos que conheço. Ele tem uma qualidade específica dos bons atores: está possesso e consciente em cena”.
“Trabalhar com Fulco é um prazer e um privilégio. No palco, temumsilêncio que ensina, fascina..”, diz o ator Gideon Rosa. Já o diretor Luiz Marfuz lembra que “Fulco transita por diversas facetas do teatro baiano, em diferentes estéticas. É o símbolo do ator contemporâneo e imprime uma marca pessoa a tudo que faz”, finaliza.
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