Música e Tragédia Grega são tema do FALA VILA
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Nesta quarta-feira, 26 de agosto, às 17h, o projeto FALA VILA se debruça sobre a Música nas Tragédias Gregas a partir de
palestra com o dramaturgo, compositor e professor da Universidade de Brasília Marcus Mota. No evento, Mota apresenta
diferentes experiências de reconstrução do som nas peças antigas, feitas por
pesquisadores de países como França e Estados Unidos, e por ele mesmo junto ao
Grupo Mousiké, da UnB, onde desenvolve pesquisas sobre a textualidade
audiovisual em autores da Antiguidade Clássica, como Homero, Heráclito, Ésquilo
e Platão - com o grupo, já foram montadas as peças David (2012) e Sete Contra
Tebas (2013).
No FALA VILA, Marcus realiza também o lançamento de duas
obras de sua autoria: Um Homem Só:
História de Esforços e Estranhezas, livro de contos lançado pela Chiado
Editora, e Imaginação e Morte: Ensaios
sobre a representação da finitude, lançada pela Editora Unb.
Marcus Mota veio a Salvador a convite do Teatro Vila Velha
e, além de participar do FALA VILA, trabalha com a Universidade LIVRE sobre o texto Sete Contra Tebas, de cuja tradução
para o português é autor. A tragédia grega é um dos próximos espetáculos que
vêm sendo trabalhados junto ao encenador Marcio Meirelles.
Sobre os livros:
Um Homem Só: História
de Esforços e Estranhezas (Chiado Editora, 2014)
Um menino acorda de madrugada, o menino não consegue dormir. Ele vê o rosto de um homem no escuro. O menino está só e assim ficará para sempre. Outras madrugadas virão, novas noites em claro. Um mar de rostos passará em sua frente. A escuridão será espessa. Mas ao fim nada mudou: é o menino e o rosto na negra noite. Entre a mão e a madrugada restam as lembranças, as visões, o espanto de um homem só, ele mesmo e mais ninguém. Quem pode lutar com sua sombra e atingir o amanhã? O menino pode. Ele vai lutar. E cada história é uma batalha. E nós que lemos cada uma das 13 histórias deste ...livro somos a sombra de um rosto na madrugada que nos alcança e ao menino vingador.
Um menino acorda de madrugada, o menino não consegue dormir. Ele vê o rosto de um homem no escuro. O menino está só e assim ficará para sempre. Outras madrugadas virão, novas noites em claro. Um mar de rostos passará em sua frente. A escuridão será espessa. Mas ao fim nada mudou: é o menino e o rosto na negra noite. Entre a mão e a madrugada restam as lembranças, as visões, o espanto de um homem só, ele mesmo e mais ninguém. Quem pode lutar com sua sombra e atingir o amanhã? O menino pode. Ele vai lutar. E cada história é uma batalha. E nós que lemos cada uma das 13 histórias deste ...livro somos a sombra de um rosto na madrugada que nos alcança e ao menino vingador.
Imaginação e Morte:
Ensaios sobre a representação da finitude (Editora UnB, 2014)
A imaginação sobre a morte é paradoxal: projeta vivências sobre algo impossível de ser experimentado em sua totalidade. Por isso, não seriam imagens da morte poética da finitude, experimentos sobre o inexprimível? Imaginar a morte como possibilidade não seria tentar compreender os limites do conhecimento? O diálogo entre literatura e hermenêutica , a partir de Adonias Filho e Gaston Bachelard, e análise de obras e autores como Epopéia de Gilgamesh, Livro egípcio dos mortos, tragédias de Sófocles e Eurípides, Antonio Vieira, Machado de Assis, Juan Rulfo, e Fernando Pessoa, procuram dimensionar este intercampo entre palavra, imaginação e finitude.
A imaginação sobre a morte é paradoxal: projeta vivências sobre algo impossível de ser experimentado em sua totalidade. Por isso, não seriam imagens da morte poética da finitude, experimentos sobre o inexprimível? Imaginar a morte como possibilidade não seria tentar compreender os limites do conhecimento? O diálogo entre literatura e hermenêutica , a partir de Adonias Filho e Gaston Bachelard, e análise de obras e autores como Epopéia de Gilgamesh, Livro egípcio dos mortos, tragédias de Sófocles e Eurípides, Antonio Vieira, Machado de Assis, Juan Rulfo, e Fernando Pessoa, procuram dimensionar este intercampo entre palavra, imaginação e finitude.
Sobre Marcus Mota:
Marcus Mota possui mestrado em Teoria da Literatura pela
Universidade de Brasília (1992) e doutorado em História pela mesma universidade
(2002). É professor da Universidade de Brasília, onde dirige desde 1996 o LADI
(Laboratório de Dramaturgia e Imaginação Dramática). Tem experiência na área de
Artes, com ênfase em Dramaturgia, atuando principalmente nos seguintes temas:
dramaturgia, dramaturgia musical, ópera, Estudos Clássicos e Teatros Grego e
Moderno. Desenvolve intensa atividade de direção de espetáculos musicais e não
musicais, de elaboração de textos teatrais, canções e libretos para obras
dramático-musicais, textos narrativos e poemas. É líder do Grupo de Pesquisa
Mousiké, com o qual pesquisa sobre a textualidade audiovisual presente em
autores da Antiguidade Clássica, como Homero, Heráclito, Ésquilo e Platão, que
se desdobra na proposição de audiocenas, ou espetáculos dramático-musicais como
David (2012) e Sete Contra Tebas (2013). Foi o secretário empossado da
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos para o biênio 2011-2013. Publicou,
entre outros títulos: A dramaturgia musical de Ésquilo (Editora UnB, 2008); e
Nos Passos de Homero (Annablume, 2013).
Serviço:
FALA VILA com Marcus Mota
Tema: Musica na Tragédia - Experiências de reconstrução do som na tragédia antiga
26/08 | quarta-feira | 17h | teatro vila velha | pague quanto quiser
Tema: Musica na Tragédia - Experiências de reconstrução do som na tragédia antiga
26/08 | quarta-feira | 17h | teatro vila velha | pague quanto quiser
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