História do Teatro Baiano


No último dia 03/10, o Teatro Vila Velha entrevistou a Sra. Maria Manso, 88 anos, para falar sobre a produção artística do cenógrafo baiano, e seu tio, Miguel Calombrero (1913-1969). Amigo da Sociedade Teatro dos Novos (STN), grupo fundador do Vila, Calombrero teve papel importante na história do grupo, emprestando nos anos 60 o galpão da casa de sua família, na Vitória, para ensaios e armazenagem de cenários e figurinos dos espetáculos.

Em sua casa, Maria Manso, sobrinha de Calombrero, preserva parte da produção desse artista. Entre os documentos estão: esboços, desenhos de cenários e figurinos, textos teatrais, quadros, fotos de espetáculos que guardam a memória e contam parte da história do Teatro Baiano. Em entrevista ela afirmou que pretende doar esses documentos para museus ou locais que preservem a história de seu tio e sua produção no cenário artístico baiano.

Com nome de batismo de Miguel Dias Santos, Calombrero fez curso de Desenho e Pintura na Escola de Belas Artes de Salvador e do Rio de Janeiro e foi aluno de Emídio de Magalhães (cursos particulares), Luciana Petrucelli (história do Traje/ Escola de Teatro da UFBA) e Gianni Ratto (cenografia / Escola de Teatro UFBA).

Em parceria com Roberto Viana adaptou para o teatro a peça infantil “A Gata Borralheira”, encenada pelo Teatro de Equipe, em 1967, no Teatro Castro Alves. Em 1968, encenou no Teatro Vila Velha a peça “As Três Marrecas”, um musical infantil de Pedro Karr. Entre o atores desse espetáculo estavam Jurandy Ferreira, Olga Maimone e Mário Gusmão. Em 1969 foi escolhido pela crítica teatral como o melhor cenógrafo e, nesse mesmo ano, a cenografia baiana se despedia de Miguel Calombrero, morto aos 56 anos por uma crise cardíaca.



Comentários

Postagens mais visitadas