Diretamente de Roraima para o Vila
texto e fotos: Sheila de Andrade
Este ano, aconteceu algo muito interessante nas Oficinas Vila Verão: uma inscrição vinda de um estado distante e que é pouco conhecido. Bem ao norte, acima do Amazonas. Foi de lá que veio a roraimense Vânia Maria Helena de Souza e Silva. Mineira, 47 anos, mora há 26 em Boa Vista-RR, com 6 filhos e 2 netos e veio com a cara e a coragem, conhecendo Salvador apenas pela TV, especialmente para os cursos de verão.
E como foi que ela soube da gente? Através da Cia Viladança, que andou pelo Brasil no ano passado, através do Palco Giratório e da Mostra Brasil, ambos do SESC. Como muitos moradores de Boa Vista, ela foi conferir os espetáculos que estavam anunciando: José ULISSES da Silva e Da ponta da língua à ponta do pé, sob a direção de Cristina Castro. "Me apaixonei pelo espetáculo e pelos atores. Eles fizeram uma oficina e eu participei. Cris contou a história da dança e que é possível praticar sem ter nenhum estudo. Mostrou a liberdade de criar e de pensar o fazer. Cris falou sobre as oficinas de verão no Vila. Pensei comigo: atrás disso aí tem mais e eu vou ver. Pedi o endereço e decidi vir pra cá em dezembro, nas férias, sem conhecer ninguém e nem saber onde ficava o Teatro", conta.
Vânia aproveitou a novidade deste ano e se inscreveu para a oficina pela internet. Pagou o boleto em Roraima, enviou o recibo por e-mail e quando chegou a matrícula já estava feita. Aliás, as matrículas. Ela está inscrita em 3 cursos de verão: Dança afro brasileira (foto), com Nildinha, Teatro para iniciantes, com Vinício Oliveira e Luiz Antônio Júnior e Teatro, à noite, com Iara Colina. "Fiz assim porque tava com medo de perder as vagas". Bem recebida pelos baianos, dentro e fora do teatro, ela se instalou em uma pensão para senhoras, na Mouraria.
Sobre as oficinas, até agora está adorando: "A gente teve um planejamento de idéias e isso eu senti desde a oficina de Cris. Essa metodologia de passar fácil para a gente foi o que mais chamou minha atenção. Em Roraima fiz outros cursos, mas eles não passavam as técnicas". Funcionária federal, há 22 anos trabalha como professora de Educação Física com crianças. "Inclusive, as técnicas que aprendi aqui vou jogar no plano de aula", sorri satisfeita. Vânia também teve que ralar muito aqui no Vila. "A única coisa que já tinha visto de dança afro foi no filme Um Príncipe em Nova Iorque, mas ao vivo é uma coisa maravilhosa. Agora que já conheço, vou vir malhada. É para agüentar Nildinha. Ano que vem ela não vai me pegar porque vou estar preparada", planeja.
Ela já tem passagem de volta marcada para o dia 05/02, depois da mostra das Oficinas Vila Verão no fim de semana pela manhã. "De todas as viagens que eu fiz, esta foi uma das melhores". Ano que vem ela pretende voltar para mais Oficinas de verão e já planejou tudo: "Vou comprar a passagem logo que surgir uma promoção. Como ela vale um ano, espero chegar as férias e voltar para cá". Ela também pensa em uma mudança definitiva para Salvador, mas só depois que concluir sua Licenciatura em Letras. "Decidi isso depois que cheguei aqui. Quando vi o mar e andei na praia... a vista, o vento no rosto... é inesquecível", relembra. Alguns filhos ficarão porque já têm empregos fixos e outros virão. Vânia já está antenada nos processos de transferência para solicitar a mudança de cidade. Quando pergunto como ela conseguiu atravessar o país sem saber direito para onde ia ela respode, categoricamente: "Eu não tenho medo. Ele impede você de chegar onde você quer".
Este ano, aconteceu algo muito interessante nas Oficinas Vila Verão: uma inscrição vinda de um estado distante e que é pouco conhecido. Bem ao norte, acima do Amazonas. Foi de lá que veio a roraimense Vânia Maria Helena de Souza e Silva. Mineira, 47 anos, mora há 26 em Boa Vista-RR, com 6 filhos e 2 netos e veio com a cara e a coragem, conhecendo Salvador apenas pela TV, especialmente para os cursos de verão.
E como foi que ela soube da gente? Através da Cia Viladança, que andou pelo Brasil no ano passado, através do Palco Giratório e da Mostra Brasil, ambos do SESC. Como muitos moradores de Boa Vista, ela foi conferir os espetáculos que estavam anunciando: José ULISSES da Silva e Da ponta da língua à ponta do pé, sob a direção de Cristina Castro. "Me apaixonei pelo espetáculo e pelos atores. Eles fizeram uma oficina e eu participei. Cris contou a história da dança e que é possível praticar sem ter nenhum estudo. Mostrou a liberdade de criar e de pensar o fazer. Cris falou sobre as oficinas de verão no Vila. Pensei comigo: atrás disso aí tem mais e eu vou ver. Pedi o endereço e decidi vir pra cá em dezembro, nas férias, sem conhecer ninguém e nem saber onde ficava o Teatro", conta.
Vânia aproveitou a novidade deste ano e se inscreveu para a oficina pela internet. Pagou o boleto em Roraima, enviou o recibo por e-mail e quando chegou a matrícula já estava feita. Aliás, as matrículas. Ela está inscrita em 3 cursos de verão: Dança afro brasileira (foto), com Nildinha, Teatro para iniciantes, com Vinício Oliveira e Luiz Antônio Júnior e Teatro, à noite, com Iara Colina. "Fiz assim porque tava com medo de perder as vagas". Bem recebida pelos baianos, dentro e fora do teatro, ela se instalou em uma pensão para senhoras, na Mouraria.
Sobre as oficinas, até agora está adorando: "A gente teve um planejamento de idéias e isso eu senti desde a oficina de Cris. Essa metodologia de passar fácil para a gente foi o que mais chamou minha atenção. Em Roraima fiz outros cursos, mas eles não passavam as técnicas". Funcionária federal, há 22 anos trabalha como professora de Educação Física com crianças. "Inclusive, as técnicas que aprendi aqui vou jogar no plano de aula", sorri satisfeita. Vânia também teve que ralar muito aqui no Vila. "A única coisa que já tinha visto de dança afro foi no filme Um Príncipe em Nova Iorque, mas ao vivo é uma coisa maravilhosa. Agora que já conheço, vou vir malhada. É para agüentar Nildinha. Ano que vem ela não vai me pegar porque vou estar preparada", planeja.
Ela já tem passagem de volta marcada para o dia 05/02, depois da mostra das Oficinas Vila Verão no fim de semana pela manhã. "De todas as viagens que eu fiz, esta foi uma das melhores". Ano que vem ela pretende voltar para mais Oficinas de verão e já planejou tudo: "Vou comprar a passagem logo que surgir uma promoção. Como ela vale um ano, espero chegar as férias e voltar para cá". Ela também pensa em uma mudança definitiva para Salvador, mas só depois que concluir sua Licenciatura em Letras. "Decidi isso depois que cheguei aqui. Quando vi o mar e andei na praia... a vista, o vento no rosto... é inesquecível", relembra. Alguns filhos ficarão porque já têm empregos fixos e outros virão. Vânia já está antenada nos processos de transferência para solicitar a mudança de cidade. Quando pergunto como ela conseguiu atravessar o país sem saber direito para onde ia ela respode, categoricamente: "Eu não tenho medo. Ele impede você de chegar onde você quer".
Adorei encontrar uma super representante do nosso estado (Roraima) sendo citada no blog que acompanho desde a visita do Viladança a nossa bela capital, que também tive o prazer de assistir os espetaculos e oficina.
ResponderExcluirPenso em visita-los assim que possivel! Beijos pra vocês do Vila...