O “Espírito” do Amostrão
Na última sexta-feira, no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha, assistindo à apresentação do cantor Pedro Morais no show “As Rosas Não Falam”, me dei conta de que era o último dia do Amostrão Vila Verão. Foram não sei quantos espetáculos numa programação inesquecível por muitos motivos.
Às 20h00min o Bando de Teatro Olodum entrou em cena com o nosso Cabaré da RRRRRaça para um teatro lotado. Assim foi durante toda a temporada de janeiro e nos últimos dez anos.
Vi mais de trezentas pessoas a circular pelo Teatro nas Oficinas Vila Verão e se envolverem na energia prazerosa que pessoas como Hebe Alves, Fernanda Paquelet, Chica Carelli, Maíse Xavier, Rita Carelli, Daniel Vieira, Nildinha Fonseca, entre outras tão importantes quanto estas e que não citarei aqui, proporcionaram neste janeiro.
Vi um público estimado em mais de cinco mil pessoas comparecerem ao Teatro Vila Velha para conferir essa programação.
E vi por detrás disso tudo a regência firme de Fábio Espírito Santo. Alguém que assumiu a barra de dirigir o TVV provocando mudanças pra lá de necessárias e difíceis; Alguém de fato especial que tem dado sua energia para que esse teatro não pare; Alguém que corresponde a meu desejo de liderança autônoma e independente mesmo que num contexto democrático e de caráter coletivo. Essa programação intensa que o Amostrão apresentou, na verdade vem sendo a tônica do Vila na atual gestão deste diretor. Parabéns, Espírito; Parabéns, Teatro Vila Velha!
Tudo isso aconteceu em meio a uma crise financeira de forte impacto para a vida de muitos dos colaboradores deste teatro - ao mesmo tempo em que empostadas vozes afinadas por um estranho diapasão e línguas pretensiosamente celestiais alardeavam por aí que o TVV é um teatro beneficiado pelo atual Governo do Estado. Erram os semideuses gutembergueanos quando fazem "de um tudo" para descredenciar a vida e a produção, fora a deles mesmos - é claro - de gente séria e esforçada, que pensa ainda num mundo um pouco mais elegante, justo, e amoroso, construído com trabalho e não com privilégios.
Em Habitat, novo espetáculo da Cia Viladança, além do talento da coreógrafa Cristina Castro e seus dançarinos, pude ver um João Meirelles a realizar um trabalho de composição bem maduro a apontar para um futuro brilhante.
Vi A Outra Cia de Teatro com o seu Arlequim a divertir platéias e ainda colocar os alunos de sua última oficina em cena com A sacanagem da Outra!
Vi atores, em sua maioria da primeira geração dos Novos Novos, capitaneados pela Diretora Débora Landim em um Diferentes Iguais com nova roupagem musical, produzida por Ray Gouveia a revelar um arranjador capaz de se reinventar com sucesso.
Vi Manuela Rodrigues, Emerson Cabral, a dupla Dois em Um, Pedro Morais e a turma da Vila do Choro a agitar uma programação musical da qual tive a honra de fazer parte com o meu Cozinhando o Som. Vi junto comigo nesse show a chefe de cozinha do Mocabinho (Ilza Barbosa) dar um espetáculo na cozinha do Cabaré dos Novos preparando junto com o público o que íamos comer sempre após a última música.
Vi uma Bienal da UNE que lotou durante uma semana inteira Teatro e Passeio Público.
Vi um público estimado em mais de cinco mil pessoas comparecerem ao Teatro Vila Velha para conferir essa programação.
E vi por detrás disso tudo a regência firme de Fábio Espírito Santo. Alguém que assumiu a barra de dirigir o TVV provocando mudanças pra lá de necessárias e difíceis; Alguém de fato especial que tem dado sua energia para que esse teatro não pare; Alguém que corresponde a meu desejo de liderança autônoma e independente mesmo que num contexto democrático e de caráter coletivo. Essa programação intensa que o Amostrão apresentou, na verdade vem sendo a tônica do Vila na atual gestão deste diretor. Parabéns, Espírito; Parabéns, Teatro Vila Velha!
Tudo isso aconteceu em meio a uma crise financeira de forte impacto para a vida de muitos dos colaboradores deste teatro - ao mesmo tempo em que empostadas vozes afinadas por um estranho diapasão e línguas pretensiosamente celestiais alardeavam por aí que o TVV é um teatro beneficiado pelo atual Governo do Estado. Erram os semideuses gutembergueanos quando fazem "de um tudo" para descredenciar a vida e a produção, fora a deles mesmos - é claro - de gente séria e esforçada, que pensa ainda num mundo um pouco mais elegante, justo, e amoroso, construído com trabalho e não com privilégios.
Jarbas Bittencourt
Que LINDO!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirQue presente raro!
Obrigado por esse e pelos tantos que tive o prazer de receber das suas canções.
Dividir o dia do Amostrão com voce em 2009 foi muito muito bom!
Cris Castro