Outras faces de Salvador

Para comemorar os seus 10 anos de existência, a Cia. Viladança apresenta sua mais nova montagem: Habitat - Lat 13º S Long 38º 31' 12" O. O espetáculo é da coreógrafa Cristina Castro e revela uma Salvador diferente da que estamos acostumados a ver, idealizada na publicidade do verão. No palco, corpos, sons e imagens e remetem às paisagens, à arquitetura, ao povo e ao dia-a-dia soteropolitano, com muito realismo e criatividade.

Em paralelo ao espetáculo, foi montada uma exposição de mesmo nome, que fica à mostra no foyer do Teatro Vila Velha. A exposição é organizada pelo artista plástico Fernando Lopes e é formada por alunos e ex-alunos da Escola de Belas Artes.

"A exposição pretende mostrar a Salvador que a gente não vê, que não é a cidade turística; a Salvador das prostitutas, dos mendigos... é um trabalho abstrato, mas que permite ao público perceber essas características marcantes.", explica Fernando.





A escolha dos trabalhos foi feita de forma a priorizar o aspecto urbano. Segundo Fernando, "as obras não foram escolhidas pela estética. Queria obras que mostrassem de forma mais explícita esses contrastes da cidade", diz.

Cristina Castro, idealizadora do espetáculo e da parceria com os artistas, está exultante com o resultado: "Estou muito feliz de ter reunido toda essa equipe. Sinto que cada vez mais meu trabalho se aproxima das artes plásticas. Como eu prezo pela interação de linguagens, nada mais pertinente do que convidar jovens artistas para agregar suas visões da cidade de Salvador, trazendo vários aspectos do seu cotidiano através de pinturas, fotografias, esculturas...".

Habitat - Lat 13º S Long 38º 31' 12" O estréia hoje, às 20h, na Sala Principal do Teatro Vila Velha. O espetáculo fica até domingo e volta em janeiro.

A exposição permanece durante toda a temporada e a visitação é gratuita.



Isabela Garrido

Comentários

  1. Linda foto! Coloca o crédito!

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  2. Não devo ver o espetáculo, mas a exposição quem sabe... De qualquer modo, interessante essas iniciativas de mostrar o outro esquecido, o outro invisível, o outro que nos incomoda e, por que não dizer, esse outro necessário.

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