Cobertura do Palco Aberto "A Mulher e a Democracia"
Texto e fotos: Laís Andrade
Na segunda-feira dia 6 de junho, aconteceu a terceira edição do “Palco Aberto” sobre o tema “A Mulher e a Democracia” no Teatro Vila Velha. Com o palco principal lotado, os integrantes da universidade LIVRE do vila velha abriram a noite cantando “Divino Maravilhoso” e alertando que “é preciso estar atento e forte”.
Durante o evento, outras intervenções artísticas foram apresentadas entre as falas. Rebeca Matta, Carla Suzart (baixo), Drica Lago (bateria) e Camile Deveck (guitarra) agitaram o palco interpretando músicas como “Garotas boas vão pro céu.. garotas más vão pra qualquer lugar”. A atriz Maíra Guedes apresentou um trecho de “Somos Todas Clandestinas”, peça que discute o aborto, e que estará em cartaz nos dias 17 e 18 de junho no Vila. As atrizes Joice Aglae e Laís Machado também participaram com intervenções cênicas.
Durante o evento, outras intervenções artísticas foram apresentadas entre as falas. Rebeca Matta, Carla Suzart (baixo), Drica Lago (bateria) e Camile Deveck (guitarra) agitaram o palco interpretando músicas como “Garotas boas vão pro céu.. garotas más vão pra qualquer lugar”. A atriz Maíra Guedes apresentou um trecho de “Somos Todas Clandestinas”, peça que discute o aborto, e que estará em cartaz nos dias 17 e 18 de junho no Vila. As atrizes Joice Aglae e Laís Machado também participaram com intervenções cênicas.
Joice Aglae no "Palco Aberto" do Vila
A deputada federal Alice Portugal comentou que “o golpe político, midiático, jurídico que está em curso no Brasil atacou de maneira cruel porque era uma mulher”. Ela ainda fez em sua fala um panorama da história do machismo e da riqueza dos homens e discutiu a democracia tardia para mulher: “ainda hoje de 513 deputados federais apenas 55 são mulheres”.
A diretora e roterista Anna Muylaert, reconhecida pelo premiado filme “Que horas ela volta?”, destacou as violências diárias sofridas pelas mulheres e contou que está produzindo um novo filme que deve abordar a naturalização do machismo nos detalhes do dia-a-dia.
Makota Valdina, educadora e ativista política, falou como mulher e porta-voz de religiões de matriz africana convocou as mulheres e mães de axé para fazer um “ebó coletivo” e completou: “está na hora da gente ver o que vai fazer pra consertar o que aconteceu, porque do jeito que está não pode ficar”.
Makota Valdina no Palco Aberto
O microfone aberto contou com a participação do público que, inclusive compartilhou opiniões e textos autorais. A estudante de teatro Yanna Vaz recitou o poema "Bolsa Feminina" de sua autoria e parabenizou: "é um espaço maravilhoso de troca, de discussão, mas sem perder a essência que nos faz artistas".
A próxima edição do "Palco Aberto" acontece no dia 20 de junho, às 19h, no Teatro Vila Velha. Grupos, coletivos artísticos e pessoas interessadas em também fazer suas narrativas devem entrar em contato com o Teatro Vila Velha através do e-mail comunicacao@teatrovilavelha.com.br para que sejam organizados os próximos debates.
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