Peça A Mulher como Campo de Batalha se apresenta no Vila Velha antes de embarcar para festival nos EUA
O espetáculo
foi convidado para se apresentar no National Black Theatre Festival, que
acontece na Carolina do Norte
A Mulher como Campo de Batalha - Foto: Marcio Meirelles
O
espetáculo A Mulher como Campo de
Batalha realiza três apresentações no Teatro
Vila Velha, entre os dias 3 e 5 de julho (sexta e sábado, 20h, domingo,
19h), antes de embarcar para os Estados
Unidos, onde se apresenta no National
Black Theatre Festival. Montada em 2014 pelo encenador Marcio Meirelles, a
peça provoca reflexões sobre a situação da mulher no mundo e no Brasil, tomando
como partida e cenário conflitos e violência na guerra da Bósnia. O texto é de Matéi
Visniec, romeno que se tornou, nos últimos dois anos, um dos autores de teatro
mais populares no Brasil.
A partir da existência da universidade LIVRE, o Teatro Vila Velha começou a produzir seus espetáculos com recursos próprios. Em dois anos, foram montadas dez peças e algumas delas participaram de três festivais internacionais - este é o quarto trabalho. "É sempre bom participar de festivais. A gente leva não só nosso trabalho para fora, mas sinaliza para o mercado internacional que estão acontecendo coisas aqui, que temos uma produção artística de qualidade. Abre caminhos para outros rumos, diversifica a avaliação do que fazemos. A Bahia vivia muito fechada em si mesma, de uns tempos pra cá. Com os festivais locais com políticas de intercâmbio implantadas, começamos a respirar e nos expor mais. É bom", comenta Marcio Meirelles, diretor artístico do Teatro Vila Velha.
A partir da existência da universidade LIVRE, o Teatro Vila Velha começou a produzir seus espetáculos com recursos próprios. Em dois anos, foram montadas dez peças e algumas delas participaram de três festivais internacionais - este é o quarto trabalho. "É sempre bom participar de festivais. A gente leva não só nosso trabalho para fora, mas sinaliza para o mercado internacional que estão acontecendo coisas aqui, que temos uma produção artística de qualidade. Abre caminhos para outros rumos, diversifica a avaliação do que fazemos. A Bahia vivia muito fechada em si mesma, de uns tempos pra cá. Com os festivais locais com políticas de intercâmbio implantadas, começamos a respirar e nos expor mais. É bom", comenta Marcio Meirelles, diretor artístico do Teatro Vila Velha.
O espetáculo
A Mulher como Campo de
Batalha narra o encontro de duas mulheres promovido pela guerra. Dorra,
violentada por um grupo étnico inimigo durante o conflito na Bósnia. Kate, uma
psicóloga que deixou a família nos Estados Unidos para trabalhar na escavação
de valas comuns. Interpretadas pelas atrizes Iana Nascimento e Giza Vasconcelos,
as personagens estabelecem uma relação conflituosa, que, com o tempo, dá espaço
para que encontrem uma na outra a possibilidade de reconstruir um equilíbrio.
A obra de Visniec é uma
ficção, mas foi construída a partir de uma vasta pesquisa e de uma série de
relatos de vítimas da guerra que arrasou a região dos Bálcãs, na Europa,
durante os anos 90. Estima-se que durante o conflito da Bósnia entre 20 mil e
50 mil mulheres foram violentadas. O estupro das esposas, mães e filhas do
inimigo étnico era como uma estratégia militar para desmoralizar seu inimigo.
Na Guerra da Bósnia, o sexo da mulher tornou-se um campo de batalha.
Montado pela primeira vez
no Brasil, o espetáculo aproxima da realidade do país as discussões sobre as
violências sexual, étnica e de gênero, a guerra, o poder, o imperialismo, entre
outros temas levantados pelo texto. Recursos tecnológicos como projeções
audiovisuais e transmissão de vídeos em tempo real, criados por Rafael Grilo, auxiliam
na construção da dramaturgia. A trilha sonora é assinada por Caio Terra.
A Mulher como Campo de Batalha
3, 4 e 5 de julho | sexta e sábado: 20h | domingo: 19h
teatro vila velha | R$ 30 e 15
3, 4 e 5 de julho | sexta e sábado: 20h | domingo: 19h
teatro vila velha | R$ 30 e 15
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