Oficinas de temática negra são destaque no Vila Verão


Leno Sacramento (cima) e Nando Zâmbia (baixo) ministram oficinas



Quem ainda não se inscreveu nas Oficinas Vila Verão tem a chance de correr para o Teatro Vila Velha, das 9h às 18h, para preencher as últimas vagas. Entre as opções de curso,  destacam-se duas oficinas que exploram elementos da arte negra. A "Oficina de Performance Negra" (segundas, quartas e sextas, 19h às 22h), ministrada pelo ator Leno Sacramento, ao lado do dançarino Edy Firenzza e do percussionista Totó, trabalha técnicas de improvisação e interpretação, mesclando teatro, dança e percussão e compartilhando técnicas desenvolvidas pelo Bando de Teatro Olodum, um dos mais expressivos grupos de teatro negro do país. Já a oficina "Ará Izô - Corpo que Queima" (terças e quintas, 14h30 às 17h30), ministrada pelo ator Nando Zâmbia, parte de elementos da dança afro brasileira, à luz da Antropologia Teatral, para desenvolver no e com o aluno a musicalidade, o ritmo, equilíbrio, dilatação energética, emanação corporal e projetar uma poética cênica que transcenda as relações óbvias de cognição para a construção do ator/atriz em e para a cena. A grade completa das oficinas você confere aqui.

 Sobre as oficinas:

OFICINA DE PERFORMANCE NEGRA
Leno sacramento, ao lado do dançarino Edy Firenzza e do percussionista Totó, irá trabalhar técnicas de improvisação e interpretação, mesclando teatro, dança e percussão , aplicando técnicas desenvolvidas no Bando de Teatro Olodum durante 25 anos

Facilitador:
LENO SACRAMENTO. Vem desenvolvendo trabalhos voltados às artes cênicas desde 1996, quando começa a fazer parte do Bando de teatro Olodum onde desde então integra todas as montagens do mesmo, dirigidas por Marcio Meirelles e Chica Carelli, com coreografias de Zebrinha e direção musical de Jarbas Bittencourt. Dentre os mais de 30 espetáculos que participou, destacam-se: Cabaré da Raça, Relato de uma Guerra que não Acabou, Essa é nossa praia, Sonho de uma Noite de Verão, Ó Paí, Ó, Áfricas, Bença e Dô. No cinema integrou o elenco dos filmes “Cidade Baixa”, “Besouro”, “Jardim das Folhas Sagradas” e “Ó Paí, Ó”. Na TV, participou do seriado “Ó Paí Ó” temporada 2008 e temporada 2009 na Tv Globo. Em 2012 estreou “O Clássico”, monólogo de humor com produção e direção própria

 Período: Segundas, quartas e sextas, das 19h às 22h
12/01 a 30/01/15
Valor: R$ 250 (R$ 225 até 19/12)

“ARÁ IZÔ - CORPO QUE QUEIMA”

O workshop Ará Izô – Corpo que Queima, é um curso que pretende pesquisar e contribuir com o trabalho de labor cênico do ator/atriz. Para isso elabora-se a partir de elementos da dança afro brasileira, à luz da Antropologia Teatral que norteia essa pesquisa. O curso tem como matéria-prima o corpo e a sua completa entrega. Fala-se de um corpo livre, uma alma/corpo que transcende e busca a verdade do momento: momento/ritual, ritual/encontro. Etimologicamente os termos “Ará” e “Izô” significam em Yorubá – “Ará” = “Corpo” e “Izô” = “fogo” e reúne estas palavras para dar conta da chama interna inerente ao ser humano. Compreendendo o corpo como universo vivo e em constante “ebulição”, produtor e condutor de um transbordamento de energia a ser explorada. Com o uso de elementos presentes no universo da dança afro-brasileira pretende-se desenvolver no e com o aluno (a) a musicalidade, o ritmo, equilíbrio, dilatação energética, emanação corporal e projetar uma poética cênica que transcenda as relações óbvias de cognição para a construção do ator/atriz em e para a cena. Faixa etária a partir dos 14 anos.

Facilitador:
NANDO ZÂMBIA. Ator e iluminador negro, formado em artes cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2011; integrante do corpo discente da Universidade de Évora (UE) 2010-2011 (Intercâmbio Acadêmico); membro do Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas (NATA) desde 2002; montou espetáculos em Alagoinhas, Salvador, Lisboa e Évora. Sua carreira iniciou-se no interior do Estado da Bahia, Alagoinhas, no ano de 1999. Em 2008 foi aprovado no curso de Bacharelado em Artes Cênicas da UFBA, o que acabou por inseri-lo na cena teatral soteropolitana com montagens que lograram sucesso de crítica, público e premiação, a exemplo: “Sirê Obá – A Festa do Rei” (Fernanda Julia); “Dois Perdidos Numa Noite Suja” (José Jackson) e “Meu Nome É Mentira” (Luiz Marfuz), entre outros. Em Portugal, atuou e dirigiu o espetáculo “Irumalé Ayê”, que seguiu em digressão por várias cidades de Portugal, Itália, Alemanha e Grécia, entre festivais, apresentações e temporadas. Atualmente desenvolve, juntamente com o NATA, pesquisas sobre a relação entre a ancestralidade religiosa, a performance artística e o Teatro Negro, sua história e contemporaneidade, sob o viés da espetacularidade do Candomblé.

Período: Terças e quintas das 14h30 às 17h30
13/01 a 29/01/15
Valor: R$ 250

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