Teatro Vila Velha revisita os seus 50 anos de história em bate-papos temáticos


Encontros acontecem sempre às segundas feiras e reúnem pessoas que participaram das diferentes etapas da história do teatro, além de interessados em conhecer mais dos seus 50 anos

Espetáculo "Sonho de uma noite de verão". Foto: Marcio Lima.

Como parte das comemorações do seu cinquentenário, o Teatro Vila Velha realiza uma edição especial do projeto FALAVILA, com o tema “Vila + 50”. Durante as segundas-feiras de março, sempre às 20h, serão realizados bate-papos sobre os diferentes períodos da história do teatro.
A ideia é reunir pessoas que participaram dessa história – seja como artistas, gestores, parceiros, colaboradores, funcionários ou público – para compartilhar histórias, levantar informações e materiais de arquivo. Através do FALAVILA, o teatro convida também a todos aqueles que tenham interesse em conhecer mais sobre os seus 50 anos de atividade.
Nesta segunda-feira, dia 10, 20h, a discussão gira em torno da fase denominada Teatro de Grupos, que abarca o período de 1994 a 2007, quando o Teatro Vila Velha passou a abrigar companhias como o Bando de Teatro Olodum, o Viladança, A Outra, o Novos Novos e o Vilavox.
Veja abaixo as diferentes fases que serão abordadas pelo FALAVILA:
10/03, 20h
TEATRO DE GRUPOS

Nesse momento entram em cena o diretor teatral Márcio Meirelles e a produtora cultural Ângela Andrade que juntam-se à Sociedade Teatro dos Novos então formada por Petrovich, Sonia Robatto e Tereza Sá. Com a colaboração de muitos artistas – em especial Chica Carelli e Cristina Castro – retomam os princípios fundadores do Vila. E o período é marcado pela presença de grupos residentes como o Bando de Teatro Olodum e o Viladança e, pelas atuações dos dois, torna-se uma referencia de cultura negra e da dança. E foram criados o Novos Novos, que agregou o trabalho com crianças, e o Vilavox e A Outra, grupos que agora têm seus próprios espaços. A gestão da programação passou a ser responsabilidade da organização não governamental Sol Movimento da Cena, responsável pela reconstrução do teatro e sua revitalização.
17/03, 20h
TEATRO DAS TENTATIVAS

A terceira fase pode ser chamada da fase das tentativas. Foi um período descontínuo no qual assumiram a gestão do teatro Échio Reis, a Fundação Cultural do Estado e Carlos Petrovich. Época marcada por possibilidades frustradas de retorno ao início, pela transformação do teatro em espaço governamental, pelo teatro pornô, por um lado, e teatro infantil, por outro. Esta fase avança até 1994.
24/03, 20h
TEATRO LIVRE

A segunda fase, foi capitaneada pelo Teatro Livre da Bahia. Em 1970, João Augusto assume a direção do grupo. E, com ele como novo responsável pela programação do Vila – sem que o Teatro dos Novos tenha se desvinculado de sua gestão – retoma a linha do teatro de cordel, politizando mais ainda as ações do teatro. Sediando encontros de restauração dos direitos civis e a Anistia Internacional. A segunda fase termina com a morte de João, em 1979.
31/03, 20h
TEATRO DOS NOVOS
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Em 31 de julho de 1964, exatos quatro meses depois do golpe militar que enterrou o Brasil numa sombria ditadura da qual ainda sofremos as consequências, o Vila foi inaugurado – abria-se uma janela de liberdade, um espaço onde a vida inteligente do país podia refletir e agir para a retomada de um país justo para todos. Missão que continua a nortear as novas gerações de artistas deste teatro.
Depois de mais de um mês de celebração – com vários eventos, inclusive o histórico show Nós por exemplo que apresentou Tom Zé, Gil, Caetano, Bethânia e Gal, pela primeira vez em um palco – estreou a peça teatral: Eles não usam bleque-tai, de Gianfrancesco Guarnieri, dirigida por João Augusto. 
Este foi o período em que o Teatro dos Novos conduziu o teatro e estabeleceu-se como a primeira companhia profissional de teatro da Bahia.

FALAVILA – Vila + 50
10 a 31/03 | seg | 20h
Teatro Vila Velha

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