Exposição de Carybé no MAM



Até o dia 31 de maio, o Museu de Arte Moderna da Bahia vai abrigar a exposição Carybé. A mostra homenageia o artista que escolheu a Bahia como sua terra e maior fonte de inspiração. Através de uma seleção especial, o público vai conferir mais de 200 obras que retratam a universalidade de temas e técnicas utilizadas pelo artista, incluindo uma série inédita e um quadro inacabado.

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Nascido em Buenos Aires em 7 de fevereiro de 1911, Hector Julio Paride Bernabó decidiu conhecer a Bahia depois que leu o livro Jubiabá, de Jorge Amado. Queria saber se existia mesmo no estado o universo descrito no romance. Pintor, desenhista, ilustrador, gravador, pesquisador, escultor e muralista, entre tantas outras habilidades, desembarcou em Salvador pela primeira vez em agosto de 1938. Viveu na Itália, no Rio de Janeiro, viajou por países da América Latina, Europa e Oriente até escolher a Cidade da Bahia como sua morada definitiva, em 1950. Naturalizou-se brasileiro em 1957 e foi agraciado com o título de cidadão baiano. Ao lado dos amigos Jorge Amado e Pierre Verger, Carybé construiu com sua arte uma verdadeira crônica visual da Bahia, retratando com fidelidade as tradições, as crenças e costumes de um povo com herança multifacetada. Inspirado pela cultura afro-brasileira, focalizou os orixás e seus rituais. Os deuses africanos passaram a ocupar boa parte de sua produção, tendo galgado o elevado posto de Obá de Xangô no Ilê Axé Opô Afonjá, local inclusive de sua morte em 1º de outubro de 1997.

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Carybé era (é) avô de Iara Colina, diretora e atriz integrante da Companhia Teatro dos Novos, aqui do Vila. Para a exposição, ela organizou uma trilha sonora (em parceria com Jarbas Bittencourt) e é responsável pela coordenação de um dos espaços, onde estão projetos feitos pelo artista para o Teatro - como figurinos e cenários.

É uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho do artista, com um bom panorama de sua arte.

E, como diz Iara: "Vá logo porque o mês acaba rapidinho!"

Comentários

  1. Fui na abertura, mas não deu pra ver tudo. É muita coisa e a gente fica com vontade de ver com calma. Tava muito cheio. Vou voltar pra concluir, e rever o que mais gostei.

    É impressionante a riqueza do trabalho e a variedade das técnicas, sem que se percam a marca inconfundível e a qualidade que caracteriza o trabalho de Carybé.

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  2. Iara Colina19/5/09 16:52

    Além da exposição em si, tá rolando uma programação paralela muito bacana lá no Museu, no Solar do Unhão.
    Na sexta, 22/05, às 09:30, vai acontecer uma mesa-redonda com esntrada livre.
    Filmes e vídeos sobre ele ou com a participação dele na ficha técnica, como 'O Cnagaceiro', de Lima Barreto.
    E também já começou a ROTA CARYBÉ, que é um passeio de van visitando murais que ele fez pela cidade. Eu vou no domingo.
    É só ligar pro 3117-6141 e agendar!

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