Ana Bento fala sobre a Mostra da oficina de Musicalização e Composição Coletiva
A Mostra que acontece na próxima terça-feira, é resultado de duas oficinas, uma realizada com os novos integrantes da Universidade LIVRE do Teatro Vila Velha e outra com músicos e artistas da cena baiana. Ambas para o aprofundamento de habilidades compositivas e pedagógicas ligadas à musicalização e ao universo da produção musical para teatro.
Formada em Educação Musical pelo Conservatório de Música de Viseu (Portugal ) e pós-graduada em Musicoterapia pelo Centro de Investigación Musicoterapéutica de Bilbao (Espanha), Bento propõe uma experiência de criação artística e de experimentação partilhada na qual se pretende promover a criatividade e o gosto pela música executada em grupo
TVV - Qual é a proposta da mostra e qual é a composição dela?
Ana Bento - A mostra, como o nome indica, é uma apresentação do trabalho desenvolvido ao longo duas últimas semanas com ambos os grupos. são pequenos resultados de vários processos experimentados no âmbito da criação e composição coletiva. O trabalho é apresentado em formato concerto, ainda que informal, e dele fazem parte canções interpretadas por todo o grupo e em ensembles menores (até solo), uma peça específica para percussão corporal, improvisação estruturada, entre outros. Para além de todo esse material co-criado ao longo das semanas de trabalho, incluímos na mostra um pequeno fragmento que trabalhamos de uma peça em coro que integrará o espetáculo Hamlet, que estreia em novembro no Vila.
TVV - Quantas pessoas formam o grupo e de quais linguagens são os integrantes?
AB - É um grupo formado por músicos, atores, artistas que participaram especificamente na primeira semana de trabalho e o novo grupo da Universidade Livre do Teatro Vila Velha, uma média de 30 integrantes. A maioria ligada ao teatro, e também bailarinos.
TVV - Como é que tem sido a experiência no Teatro Vila Velha com esses artistas?
AB - Tem sido uma experiência incrível. Cada lugar tem pessoas com uma identidade muito específica, tanto individualmente quanto em coletivo. Nesse trabalho, sendo ele um espaço de partilha, de troca de experiências e de experimentação, tem sido muito gratificante o contato com com artistas e alunos com uma riqueza cultural e musical tão própria e especial como é a cultura brasileira.
TVV - o que você pôde perceber de singularidade numa terra musical como é Salvador?
AB - A música é sem dúvida algo que se sente, que corre nas veias deste povo, e não é uma música qualquer. Tem sempre um balanço próprio, tão enérgético quanto leve e é algo muito natural, como respirar. Tudo é pretexto para balançar, para fazer música. E música é emoção, então também se sente no geral uma forma de estar muito própria, muito genuína e expressiva.
Mostra gratuita da oficina de Musicalização e Composição Coletiva
Onde: Teatro Vila Velha - Av. Sete de Setembro, s/n - Passeio Público - Campo Grande, Salvador/BA.
Data: 28/08
Horário: 19h
Entrada gratuita
Contato: (71) 3083-4600
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