Palavra de Mestre

"Dizem que eu faço dança contemporânea, mas eu não sei o que é isso. Contemporaneidade pra mim é tudo o que está acontecendo hoje". Foi com essas palavras que Mestre King saudou o público que lotou a sala principal do Vila Velha nesta noite de terça-feira (27 de abril) para conferir Opaxorô - o nome do cajado de Oxalá, que dá nome à coreografia do Grupo Gênesis.

O grupo trouxe ao palco as cores, os ritmos e os símbolos dos deuses do candomblé africano. Em sua fala ao público logo depois da apresentação, ele destacou o que considera pontos importantes do seu trabalho,como o cuidado em não fazer uma mera reprodução das danças rituais dos orixás, mas sim uma interpretação de sua "energia".

"O que é dança afro?", provocou o coreógrafo, que é famoso pela divulgação da arte dentro e fora do país. "Não fui eu que dei esse nome". Deu uma aula de que todos os corpos podem dançar. "Quando a gente começa, quer colocar a perna lá em cima, quer se esticar todo. Com o tempo, vê que vai até onde o corpo pode". Palavras de mestre.

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