Saímos do Labirinto
Saímos do Labirinto. Com muita, muita gente voltando, acabou ontem, domingo, dia 31 de agosto a temporada de Labirintos, do Vilavox. Dos muitos aprendizados que ficaram, um deles queremos dividir com vocês. O teatro precisa fazer parte do cotidiano das pessoas. Explico: fizemos uma temporada de 15 apresentações, para 100 pessoas a cada sessão. Na primeira semana, casa cheia. Segunda e terceira semana, casa boa, mas com as sextas feiras, sobretudo, com uns 30 lugares vagos... Quarta semana, casa cheia, mas ainda não lotada. Na última semana o bicho pegou. Desde sexta, pessoas voltando, comprando pro dia seguinte, o sonho de toda produção. Mas... não pode ser bom pra ninguém ver gente voltando do teatro. Não, não tenho esse prazer egóico masoquista. Se pessoas quiseram nos ver e não conseguiram, azar o nosso, de um lado, e também azar o deles, que deixaram de nos assistir. Quem perde? O teatro. Precisamos fazer um pacto, nós artistas (que também somos público) e vocês, público (que em parte é artista): não deixemos para a última hora! Ninguém ganha com isso! Quem não vê fica frustrado, quem deixa de ser visto, ídem! O teatro briga contra um universo de coisas, muitas vezes inúteis, produzidas pela indústria do entretenimento: pela tv, pelo cinema, pela "música" e inclusive pelo próprio teatro. Outra coisa: a grande maioria das produções não contam com forte aparato de divulgação. E, sabemos, o maior divulgador de um bom espetáculo é o público, o boca-a-boca. Então, pense: se você vem ao teatro no início da temporada e gosta da peça, você vai ser um meio de divulgação eficaz. Pensando assim, se no início das temporadas o público comparecer, ele vai ser o balizador, o termômetro da peça.
Então, não tá combinado. Da próxima vez, vamos nos organizar melhor?
Gordo Neto
Azar o meu, que não consegui ver Labirintos... Só ouvi o povo falar (muito) bem. Nova temporada urgente! Beijos, vilavoxianos e vilavelhos!
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