Arte contra a violência
Eis o desdobramento do artigo de Lázaro Ramos no A Tarde de ontem: uma matéria inteirinha hoje sobre a questão, com depoimentos de integrantes do Bando de Teatro Olodum.
Segue abaixo imagem e texto da matéria no jornal.
Arte pode ser saída contra a violência
DANILE REBOUÇAS
dreboucas@grupoatarde.com.br
Colaborou Juracy dos Anjos
Segue abaixo imagem e texto da matéria no jornal.
Arte pode ser saída contra a violência
DANILE REBOUÇAS
dreboucas@grupoatarde.com.br
Colaborou Juracy dos Anjos
“Não consegui crer que, nas ruas onde eu fui criado e podia brincar, as pessoas não tenham mais o direito de pôr o rosto na janela de suas casas...”. O toque de recolher ao qual o ator e apresentador Lázaro Ramos se referiu, ontem, em artigo publicado em A TARDE atinge o bairro da Federação, onde moram familiares.
Criado na Federação, Lázaro é ex-integrante do Bando de Teatro Olodum e um dos protagonistas do filme Ó Paí Ó, que retrata, entre outras coisas, a violência na capital baiana. O filme, que agora vai virar série de TV, tem no elenco, além de Lázaro, outras atores do Bando que também conhecem e convivem de perto com esta realidade, mas que buscaram, na arte, uma alternativa de vida de não-violência, como é o caso do ator Jorge Washington, 44 anos, morador da Liberdade.
Ele afirma que “a violência está na porta de casa, todo mundo vê. O Estado só chega com repressão, faltam políticas públicas, referências políticas. O lazer, a saúde estão em segundo plano”. Jorge ressalta, ainda, que a sociedade também tem papel importante nesse processo. Ao se referir ao filme Ó Pai Ó, onde atua como Matias, Jorge o classifica como “atemporal, a história de 1992, que é universal e está inserida no contexto da violência”.
Para Fábio de Santana, 24, morador do Alto do Cabrito, a violência “reflete o desequilíbrio que a sociedade está enfrentando”. E alerta: “A violência não está somente nos bairros periféricos, mas em todos os bairros de Salvador, mas quem sofre mais são os moradores da periferia, que não têm acesso à educação, à saúde e moradia dignas”. Além disso, ele afirma que somente reforçar o policiamento não garante a segurança da população.
AMIGOS MORTOS – Érico Brás, 29, é morador de Fazenda Coutos e, mesmo trabalhando constantemente com o tema em apresentações, acha complicado falar da violência. “Infelizmente, não vejo uma saída imediata, demora para vermos resultados do poder público nessas comunidades”, justifica. Brás relata que alguns de seus amigos de infância já morreram, e outros, ele considera que estão em risco, por também estarem envolvidos no mundo das drogas. “Vivo essa realidade aqui no bairro, o tráfico domina, e adolescentes não têm outras opções, caem nas drogas, abrem concorrência de pontos, e começa uma disputa”, destaca.
A intérprete da baiana de acarajé no filme Ó Paí Ó, Rejane Maia, diz que uma forma de melhorar é investir em educação, arte e cursos profissionalizantes para a juventude. Ela desenvolve um projeto social para adolescentes e jovens, desde o ano 2000, na comunidade onde mora (Ogunjá). “Houve um crescimento de violência que a gente não sabe o porquê. Eu acho que investir em educação e na arte é um bom caminho para mudar esta realidade, principalmente para os jovens”, conclui a atriz.
Criado na Federação, Lázaro é ex-integrante do Bando de Teatro Olodum e um dos protagonistas do filme Ó Paí Ó, que retrata, entre outras coisas, a violência na capital baiana. O filme, que agora vai virar série de TV, tem no elenco, além de Lázaro, outras atores do Bando que também conhecem e convivem de perto com esta realidade, mas que buscaram, na arte, uma alternativa de vida de não-violência, como é o caso do ator Jorge Washington, 44 anos, morador da Liberdade.
Ele afirma que “a violência está na porta de casa, todo mundo vê. O Estado só chega com repressão, faltam políticas públicas, referências políticas. O lazer, a saúde estão em segundo plano”. Jorge ressalta, ainda, que a sociedade também tem papel importante nesse processo. Ao se referir ao filme Ó Pai Ó, onde atua como Matias, Jorge o classifica como “atemporal, a história de 1992, que é universal e está inserida no contexto da violência”.
Para Fábio de Santana, 24, morador do Alto do Cabrito, a violência “reflete o desequilíbrio que a sociedade está enfrentando”. E alerta: “A violência não está somente nos bairros periféricos, mas em todos os bairros de Salvador, mas quem sofre mais são os moradores da periferia, que não têm acesso à educação, à saúde e moradia dignas”. Além disso, ele afirma que somente reforçar o policiamento não garante a segurança da população.
AMIGOS MORTOS – Érico Brás, 29, é morador de Fazenda Coutos e, mesmo trabalhando constantemente com o tema em apresentações, acha complicado falar da violência. “Infelizmente, não vejo uma saída imediata, demora para vermos resultados do poder público nessas comunidades”, justifica. Brás relata que alguns de seus amigos de infância já morreram, e outros, ele considera que estão em risco, por também estarem envolvidos no mundo das drogas. “Vivo essa realidade aqui no bairro, o tráfico domina, e adolescentes não têm outras opções, caem nas drogas, abrem concorrência de pontos, e começa uma disputa”, destaca.
A intérprete da baiana de acarajé no filme Ó Paí Ó, Rejane Maia, diz que uma forma de melhorar é investir em educação, arte e cursos profissionalizantes para a juventude. Ela desenvolve um projeto social para adolescentes e jovens, desde o ano 2000, na comunidade onde mora (Ogunjá). “Houve um crescimento de violência que a gente não sabe o porquê. Eu acho que investir em educação e na arte é um bom caminho para mudar esta realidade, principalmente para os jovens”, conclui a atriz.
Muito bom vr este assonto .Estou fazendo um trabaho sobre isso msm..
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