Quinta-feira passada, Gordo (diretor de Rerembelde, espetáculo infanto-juvenil da CTN [Companhia Teatro dos Novos] que estréia agora, dia 29 às 17h) foi a uma reunião do SATED, e na volta, correndo para pegar o ensaio do Rerembelde, encontrou com um cambista na porta do Passeio Público:
"Ingresssso, ingresssso! Ingresssso pro show da Confraria. Show da Confraria, ingresssso!..."
Aqui no Vila detestamos cambistas. Declaradamente. Lutamos contra eles. Latimos para eles. Também por isso, entre outros fatores, é raro encontrar cambistas negociando ingressos para espetáculos ou eventos do Vila.
Ao ver o cambista, Gordo não resistiu, se fez de besta e perguntou: "Ingresso pra Confra, é? Quanto tá?" 5 conto! "E esse ingresso é verdadeiro mesmo?" É, rapá! É niuma, pegaí, leva logo dois! "Vamo lá então, vamo na porta, aí se o cara disser que é real mermo, aí eu compro." Bora.
Vão Gordo e o cambista para a bilheteria. Gordo de ingresso na mão, olha para Cláudio (funcionário que estava fazendo a portaria no dia) como se não conhecesse ele, mostra o ingresso, "ô meu velho, esse ingresso aí é verdadeiro?". Cláudio fica, obviamente alguns segundos sem entender a situação, não diz nada e vai checar a validade do ingresso.
Checando a numeração e o carimbo com Jeudy, o gerente-noturno, chega-se à procedência do ingresso: foi distribuído como cortesia. Jeudy vai até a porta averiguar. Compreende a história toda, explica ao cambista que o ingresso é cortesia, que ele não pode vender, que se outra pessoa que não ele, vier com aquele ingresso, ele não vai deixar entrar. Acuado, o contraventor não vê outra saída: "É... Então... Então eu vou entrar, né? Tenho nada melhor pra fazer, mermo. Ô vei? Cê não queria ver o show? Se quiser, então fica com o outro ingresso pra você, pa cê entrar também". Só então, com a intervenção de Jeudy, a farsa é revelada: "Esse aqui pode entrar na hora que quiser!".
O cambista ficou sem entender. Depois entendeu. Entrou, viu o show e ninguém nunca mais ouviu falar.
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