:: ESTRÉIA! :: ESTRÉIA! :: ESTRÉIA! ::
BAKULO - OS BEM LEMBRADOS
Cia dos Comuns volta à cena num espetáculo que evoca os mitos passados para retratar as inquietações da comunidade negra frente ao mundo globalizado.
Cia dos Comuns volta à cena num espetáculo que evoca os mitos passados para retratar as inquietações da comunidade negra frente ao mundo globalizado.
A partir do dia 02 de setembro às 19:30h no Teatro Nelson Rodrigues
A premiada Cia dos Comuns, grupo teatral carioca integrado somente por atrizes e atores negros, criado e dirigido pelo ator Hilton Cobra, volta à cena sob a direção de Marcio Meirelles para encenar seu mais novo espetáculo teatral: Bakulo - Os Bem Lembrados.
Evocando mitos passados e com uma narrativa fortemente baseada no pensamento do Professor Milton Santos e sua obra Por uma outra globalização, Bakulo - os bem lembrados traz também aspectos da genialidade de Glauber Rocha na construção de um texto cuja força está na palavra e na discussão de temas como a ocupação dos territórios, exclusão social e políticas para negros, tudo dentro de uma contextualização inquietante, seca e direta - sem metáforas e mais realista.
Com uma estética que valoriza a música - executada ao vivo por um quinteto acústico; BAKULO flerta com a linguagem do cinema a partir da construção de cenas que são apresentadas como um roteiro cinematográfico. "O espetáculo corre em quatro linhas que se cruzam e interagem entre si: o texto de Milton Santos; os personagens contemporâneos que falam através desse roteiro; os personagens ancestrais presentes ao longo da peça e a trilha musical harmonizando as situações retratadas no palco. Optamos por apresentar essas cenas de forma fragmentada, instigando o espectador a criar a sua própria edição" afirma Marcio Meirelles, diretor do espetáculo.
Evocando mitos passados e com uma narrativa fortemente baseada no pensamento do Professor Milton Santos e sua obra Por uma outra globalização, Bakulo - os bem lembrados traz também aspectos da genialidade de Glauber Rocha na construção de um texto cuja força está na palavra e na discussão de temas como a ocupação dos territórios, exclusão social e políticas para negros, tudo dentro de uma contextualização inquietante, seca e direta - sem metáforas e mais realista.
Com uma estética que valoriza a música - executada ao vivo por um quinteto acústico; BAKULO flerta com a linguagem do cinema a partir da construção de cenas que são apresentadas como um roteiro cinematográfico. "O espetáculo corre em quatro linhas que se cruzam e interagem entre si: o texto de Milton Santos; os personagens contemporâneos que falam através desse roteiro; os personagens ancestrais presentes ao longo da peça e a trilha musical harmonizando as situações retratadas no palco. Optamos por apresentar essas cenas de forma fragmentada, instigando o espectador a criar a sua própria edição" afirma Marcio Meirelles, diretor do espetáculo.
Processo de construção coletiva do espetáculo parte das percepções de cada ator na construção dos personagens - em cena, nove atores dão vida e forma às diversas inquietações presentes no dia-a-dia do negro, e que são fruto de uma sociedade contemporânea onde a globalização e a informação não são utilizadas em beneficio da comunidade, mas sim de uma forma perversa, que só faz aumentar a exclusão e o abismo entre os que possuem e os que não possuem.
Retratando esse abismo social, personagens que transitam entre as zonas norte e sul do Rio de Janeiro - entre o morro e o asfalto, em busca da realização dos seus sonhos e de uma vida melhor. São tipos comuns que buscam tornarem-se mais do que um simples número de registro no censo demográfico - e por esse motivo lutam cotidianamente para fazer respeitar a sua história de vida: o Rapper que sonha montar uma rádio para unir toda a comunidade e estabelecer uma ligação com outras mais distantes; ou ainda a jovem mais interessada em se dar bem na vida, não importando os meios; o cineasta que em toda carreira só conseguiu realizar um curta-metragem e vive a perseguir o melhor ângulo para retratar as mazelas daquele lugar; ou a professora universitária que escreve uma tese ambientalista sobre a ocupação desenfreada de território e de como as comunidades pobres são predadoras do próprio local em que vivem.
Pontuando cada cena, além da música, elementos cenográficos que são uma espécie de bancos coloridos. Marcio Meirelles explica que cada seqüência do espetáculo é ilustrada por determinada cor - branco, vermelho, amarelo e preto, que na cultura banto representam um tempo de vida, semelhante ao ciclo solar. "O sol nasce, cresce, chega ao ápice, declina, fica oculto e depois retorna. Assim também é a vida. Usamos também o azul (o mar e o céu) e o prata (urbano) na delimitação desse tempo" conta Marcio Meirelles.
Espetáculo fecha uma trilogia homenageando os Bakulos dos nossos tempos - segundo Hilton Cobra, fundador e diretor da Cia dos Comuns, Bakulo - Os Bem Lembrados fecha uma trilogia que trata dos temas contemporâneos do negro, da ancestralidade e dos valores da herança cultural africana, iniciada em 2001 com a encenação do espetáculo A Roda do Mundo, e depois em 2003 com Candaces - A Reconstrução do Fogo.
"Em A Roda do Mundo nossa temática abordava o quanto o negro precisa vender seus valores para sobreviver. Já Candaces era uma reação a isso - de um lado as mulheres preservando a ancestralidade e de outro, os homens rompendo com a herança dos antepassados. Agora em BAKULO os valores ancestrais, presente e futuro se fundem num grande amálgama" revela Hilton Cobra.
Retratando esse abismo social, personagens que transitam entre as zonas norte e sul do Rio de Janeiro - entre o morro e o asfalto, em busca da realização dos seus sonhos e de uma vida melhor. São tipos comuns que buscam tornarem-se mais do que um simples número de registro no censo demográfico - e por esse motivo lutam cotidianamente para fazer respeitar a sua história de vida: o Rapper que sonha montar uma rádio para unir toda a comunidade e estabelecer uma ligação com outras mais distantes; ou ainda a jovem mais interessada em se dar bem na vida, não importando os meios; o cineasta que em toda carreira só conseguiu realizar um curta-metragem e vive a perseguir o melhor ângulo para retratar as mazelas daquele lugar; ou a professora universitária que escreve uma tese ambientalista sobre a ocupação desenfreada de território e de como as comunidades pobres são predadoras do próprio local em que vivem.
Pontuando cada cena, além da música, elementos cenográficos que são uma espécie de bancos coloridos. Marcio Meirelles explica que cada seqüência do espetáculo é ilustrada por determinada cor - branco, vermelho, amarelo e preto, que na cultura banto representam um tempo de vida, semelhante ao ciclo solar. "O sol nasce, cresce, chega ao ápice, declina, fica oculto e depois retorna. Assim também é a vida. Usamos também o azul (o mar e o céu) e o prata (urbano) na delimitação desse tempo" conta Marcio Meirelles.
Espetáculo fecha uma trilogia homenageando os Bakulos dos nossos tempos - segundo Hilton Cobra, fundador e diretor da Cia dos Comuns, Bakulo - Os Bem Lembrados fecha uma trilogia que trata dos temas contemporâneos do negro, da ancestralidade e dos valores da herança cultural africana, iniciada em 2001 com a encenação do espetáculo A Roda do Mundo, e depois em 2003 com Candaces - A Reconstrução do Fogo.
"Em A Roda do Mundo nossa temática abordava o quanto o negro precisa vender seus valores para sobreviver. Já Candaces era uma reação a isso - de um lado as mulheres preservando a ancestralidade e de outro, os homens rompendo com a herança dos antepassados. Agora em BAKULO os valores ancestrais, presente e futuro se fundem num grande amálgama" revela Hilton Cobra.
Cobra também destaca a importância de Milton Santos para o espetáculo: "em 1999 eu já planejava montar BAKULO. Desde aquela época a obra do Professor Milton norteou sua criação - e tive o privilégio de conversar com ele a respeito. Trabalhar com a obra desse grande Mestre é muito excitante - ele era muito verdadeiro, tinha um domínio absoluto sobre a geografia humana e sobre os territórios, além de uma crítica profunda sobre essa globalização. E mais recentemente buscamos referência em Glauber Rocha e identificamos que suas idéias, expressadas genialmente em sua obra, também são muito nossas".
Não por acaso, Milton Santos, Glauber Rocha, Lélia Gonzáles, Zózimo Bulbul, Abdias Nascimento e tantos outros, de uma forma ou de outra, estão presentes e são referência para BAKULO - nome dado àquelas pessoas que vieram ao mundo e fizeram algo positivo e importante. Serão sempre lembradas porque acreditaram que era possível mudar e viver numa sociedade justa, igualitária e fraterna.
"Quero desenvolver a minha arte fundada na realidade. Não quero discutir o mundo: quero transformar o mundo, através das experiências de vida desses Bakulos" afirma Hilton Cobra.
Não por acaso, Milton Santos, Glauber Rocha, Lélia Gonzáles, Zózimo Bulbul, Abdias Nascimento e tantos outros, de uma forma ou de outra, estão presentes e são referência para BAKULO - nome dado àquelas pessoas que vieram ao mundo e fizeram algo positivo e importante. Serão sempre lembradas porque acreditaram que era possível mudar e viver numa sociedade justa, igualitária e fraterna.
"Quero desenvolver a minha arte fundada na realidade. Não quero discutir o mundo: quero transformar o mundo, através das experiências de vida desses Bakulos" afirma Hilton Cobra.
:: ANOTE :: ANOTE :: ANOTE ::
O que? Bakulo - Os bem lembrados
Com quem? Cia. dos Comuns
Que dia? De quinta a domingo
Que horas? 19:30
Até quando? 2 de outubro
Quanto é? R$ 10 (inteira) / R$ 5,00 (meia) / R$ 3,00 (promocional para grupos comunitários e ONGs)
Onde? Teatro Nelson Rodrigues - Conjunto Cultural da Caixa
(Av. Chile - 230 - Centro - Rio de Janeiro)
Comentários
Postar um comentário