Delírios saudosistas de um cafajeste
Mister Holliday estréia neste final de semana
O Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha será tomado pelas memórias de um velho boêmio. Nas sextas e sábados de abril, às 19:00, o público poderá conferir Mister Holliday, trabalho inédito da Usina de Teatro da Bahia.
Neste espetáculo, o personagem principal é um homem com histórico de bon-vivant, que não se conforma em aposentar-se ganhando um mísero salário mínimo. Revoltado com a situação, ele planeja um golpe contra a Previdência, afinal, a essa altura da vida, não é justo que ele não possa mais tomar o seu uisquinho "Bala 12"...
Tentando convencer um amigo - a princípio invisível depois personificado pelo público - a ajudá-lo nesta jogada, o Mr. Holliday, como seus amigos do passado o apelidaram, relembra sua vida na boemia e assim vai reconstruindo histórias e figuras da noite do Centrão de Salvador, numa época de cabarés, bregas, vedetes e de bebida cara em bares ordinários.
O título do monólogo foi tirado da boate Holliday, que entre os anos 60 e 70 fez história na noite soteropolitana. O texto, escrito e interpretado pelo ator Uarlen Becker, é marcado por um senso de humor trágico, pontuado pelo saudosismo e a crítica aos gostos e costumes da sociedade baiana no momento atual. Entre seus planos e divagações, o protagonista, que não tem um nome próprio, é apenas um "ninguém" que perambula pelas cidades grandes e ostenta a atitude de um típico anti-herói: cheio de incoerência e carente de virtudes. O homem discorre sobre seus amores fulminantes do passado, os empregos arranjados pela mãe (o seu único "pistolão"), as noites de porres homéricos, brigas, perseguições, intrigas, cafajestagem e diversos golpes, ao mesmo tempo em que emite opiniões absurdas e anacrônicas sobre os fatos que aparecem nos jornais a na TV.
A peça, de acordo seus autores, "é uma comédia sobre a derrota pessoal de muitos que vagam pela cidade e sobre a derrota coletiva de uma sociedade consumista e mentalmente corrompida".A montagem foi concebida por Uarlen Becker, Ana Paula Costa e André Luís Santana, que juntos são a Usina de Teatro da Bahia. Em atividade desde 1999, os artistas vêm se aplicando em diversos gêneros teatrais, como o Teatro de Rua e o Teatro de Cordel. A Usina já teve oportunidade de participar de seminários, oficinas e festivais em diversas cidades, como o Festival de Curitiba, do SESC no Ceará, de Monólogos da Bahia em Camaçari, realizando um intercâmbio que ajudou a amadurecer seu trabalho.
Usina de Teatro da Bahia
Criado em 1999 pela atriz Ana Paula Costa, o grupo reúne artistas dispostos a experimentar diversos estilos na arte teatral, seja nos palcos ou fora deles. Realizando montagens em gêneros diversos, o grupo já esteve em São Paulo, Paraná, Ceará Perbambuco e passou também pelo interior da Bahia, onde foi acolhido pelo público e instituições como a Secretaria de Cultura de Camaçari.
Com projetos ligados à cultura popular nordestina, assim como experimentações urbanas contemporâneas, a Usina vem agradando o público por onde passa e vem alcançando também o reconhecimento da crítica com indicações e premiações.
Segundo Uarlen e Ana Paula, que fazem parte do grupo desde a sua primeira formação, "a Usina de Teatro da Bahia continua desenvolvendo pesquisas artísticas e levando ao público montagens que refletem uma estética brasileira, atual e profissional, com a consciência de que o teatro pode corrigir a vida".
Mister Holliday estréia neste final de semana
Uarlen Becker por Camilo Fróes
O Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha será tomado pelas memórias de um velho boêmio. Nas sextas e sábados de abril, às 19:00, o público poderá conferir Mister Holliday, trabalho inédito da Usina de Teatro da Bahia.
Neste espetáculo, o personagem principal é um homem com histórico de bon-vivant, que não se conforma em aposentar-se ganhando um mísero salário mínimo. Revoltado com a situação, ele planeja um golpe contra a Previdência, afinal, a essa altura da vida, não é justo que ele não possa mais tomar o seu uisquinho "Bala 12"...
Tentando convencer um amigo - a princípio invisível depois personificado pelo público - a ajudá-lo nesta jogada, o Mr. Holliday, como seus amigos do passado o apelidaram, relembra sua vida na boemia e assim vai reconstruindo histórias e figuras da noite do Centrão de Salvador, numa época de cabarés, bregas, vedetes e de bebida cara em bares ordinários.
O título do monólogo foi tirado da boate Holliday, que entre os anos 60 e 70 fez história na noite soteropolitana. O texto, escrito e interpretado pelo ator Uarlen Becker, é marcado por um senso de humor trágico, pontuado pelo saudosismo e a crítica aos gostos e costumes da sociedade baiana no momento atual. Entre seus planos e divagações, o protagonista, que não tem um nome próprio, é apenas um "ninguém" que perambula pelas cidades grandes e ostenta a atitude de um típico anti-herói: cheio de incoerência e carente de virtudes. O homem discorre sobre seus amores fulminantes do passado, os empregos arranjados pela mãe (o seu único "pistolão"), as noites de porres homéricos, brigas, perseguições, intrigas, cafajestagem e diversos golpes, ao mesmo tempo em que emite opiniões absurdas e anacrônicas sobre os fatos que aparecem nos jornais a na TV.
A peça, de acordo seus autores, "é uma comédia sobre a derrota pessoal de muitos que vagam pela cidade e sobre a derrota coletiva de uma sociedade consumista e mentalmente corrompida".A montagem foi concebida por Uarlen Becker, Ana Paula Costa e André Luís Santana, que juntos são a Usina de Teatro da Bahia. Em atividade desde 1999, os artistas vêm se aplicando em diversos gêneros teatrais, como o Teatro de Rua e o Teatro de Cordel. A Usina já teve oportunidade de participar de seminários, oficinas e festivais em diversas cidades, como o Festival de Curitiba, do SESC no Ceará, de Monólogos da Bahia em Camaçari, realizando um intercâmbio que ajudou a amadurecer seu trabalho.
Usina de Teatro da Bahia
Criado em 1999 pela atriz Ana Paula Costa, o grupo reúne artistas dispostos a experimentar diversos estilos na arte teatral, seja nos palcos ou fora deles. Realizando montagens em gêneros diversos, o grupo já esteve em São Paulo, Paraná, Ceará Perbambuco e passou também pelo interior da Bahia, onde foi acolhido pelo público e instituições como a Secretaria de Cultura de Camaçari.
Com projetos ligados à cultura popular nordestina, assim como experimentações urbanas contemporâneas, a Usina vem agradando o público por onde passa e vem alcançando também o reconhecimento da crítica com indicações e premiações.
Segundo Uarlen e Ana Paula, que fazem parte do grupo desde a sua primeira formação, "a Usina de Teatro da Bahia continua desenvolvendo pesquisas artísticas e levando ao público montagens que refletem uma estética brasileira, atual e profissional, com a consciência de que o teatro pode corrigir a vida".
Comentários
Postar um comentário