"Teatro da Bahia" é tema de debate com Sonia Robatto, Marcio Meirelles e Antônio Godi no projeto "Conversando com a sua História"

A atriz Sonia Robatto, fundadora do Vila, é uma das convidadas do debate. Foto: Rafael Grilo

Dando continuidade a uma série de palestras sobre as memórias contemporâneas da cultura e da política na Bahia, o projeto Conversando com a sua História (CSH), realizado pelo Centro de Memória da Bahia – vinculado à Fundação Pedro Calmon/ SecultBA, volta a acontecer às segundas-feiras, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, conhecida como Biblioteca dos Barris. Os debates serão protagonizados por personagens e pesquisadores que abordam a influência de instituições educacionais e culturais na formação do campo cultural e artístico baiano da segunda metade do século XX. Na segunda-feira (24), às 17h, o CSH tem como tema o Teatro na Bahia.

A mesa tratará da trajetória da arte nas últimas quatro décadas, relatada pelos olhares de atores e diretores que foram atuantes na época. Reflexões sobre as mudanças no campo teatral nesse período serão abordadas pela atriz, escritora, bibliotecária, jornalista e empresária, Sonia Robatto, uma das fundadoras do Teatro Vila Velha. Ela que foi aluna da primeira turma da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), onde atuou em espetáculos como “As três irmãs”, “A Almanjarra” e “A Via Sacra”. Em 2001, sua obra mais importante, “Pé de Guerra”, foi adaptada para o teatro por Márcio Meirelles e recebeu o prêmio Copene de melhor montagem de 2001. O diretor teatral, cenógrafo e figurinista, Márcio Meirelles, também participará deste debate. Márcio foi diretor do Teatro Castro Alves e, em 1990, ao lado de Chica Carelli, criou o Bando de Teatro Olodum. Entre 2007 e 2010 foi secretário de Cultura do Estado da Bahia e hoje é diretor artístico do Teatro Vila Velha, onde criou, em 2013, a Universidade Livre, para formação de artistas alinhados com a estética, os processos e a política praticados no Teatro. O terceiro convidado para a mesa de debates é o ensaísta e pesquisador da cultura negra, artista plástico, ator, diretor e produtor de espetáculos de Teatro, Dança, Música e Cinema, Antônio Godi. Estudou na Escola de Belas Artes da UFBA e formou-se ator e diretor teatral na mesma instituição. Godi é mestre em Ciências Sociais e em Comunicação e Culturas Contemporâneas, além professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Em 1976 criou o Grupo de Teatro Palmares Iñaron – Teatro, Raça e Posição, que se inspirava nas questões étnicas, sociais e culturais e ajudou a estabelecer reflexões poderosas sobre a construção de uma identidade étnica e social num contexto, pós-ditadura, marcado por perseguições e censuras.

O Centro de Memória da Bahia (CMB), unidade da Fundação Pedro Calmon (FPC), da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), tem como objetivo a difusão da história da Bahia, através da preservação e ordenação de arquivos privados e personalidades públicas, bem como a realização de exposições, seminários e cursos de formação gratuitos. Entre suas funções, é responsável pelo Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia (MGRB), localizado no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.

Conversando com Sua História - "O Teatro na Bahia"
Com Sonia Robatto, Marcio Meirelles e Antônio Godi
Data: 24 de outubro, segunda-feira, 17h
Local: Biblioteca Pública do Estado da Bahia

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