TEATRO PARA VER, OUVIR E SENTIR
A estreia do espetáculo do sexo dA MULHER COMO CAMPO DE BATALHA na
guerra da bósnia foi marcada pela presença do projeto TEATRO PARA
SENTIR. A peça, do dramaturgo romeno
Matéi Visniec, narra o encontro de duas mulheres depois do conflito bósnio. A
médica norte-americana e a mulher violentada tentam contar suas histórias uma
para a outra e encontrar forças para continuar suas trajetórias.
foto Marcio Meirelles
No palco, as
atrizes Iana Nascimento e Giza Vasconcellos dão vida a duas mulheres arrasadas,
feridas, que juntas tentam reconstruir um equilíbrio. Na plateia, um público de
cerca de cinquenta deficientes, em sua maioria pessoas com cegueira ou baixa
visão, escuta atentamente a cada palavra e acompanha as ações do
espetáculo através de áudiodescrição.
“Tudo que estava passando, estava
sendo descrito, e aí você consegue acompanhar o passo a passo da peça. Com a
avanço da tecnologia, é bom que [essas ações] se repitam” Cleide da Silva
O projeto, que tem por objetivo
promover a acessibilidade ao teatro em todas as instancias, propõe também
àqueles que não possuem deficiência experimentar a ida ao teatro sem o uso da
visão, da audição ou utilizando cadeiras de rodas. Duas pessoas toparam
a vivência, e com os olhos vendados, se locomoveram pelo teatro e assistiram ao
espetáculo acompanhadas de áudiodescrição.
"Eu quis entender e
vivenciar a experiência só de ouvir o espetáculo, coisa que a gente vive sempre
muito visualmente. Então eu quis cortar a visão e saber o que eu conseguiria
absorver do espetáculo só com a audição" Eli Santana
Cegos recebem fones para audiodescrição
Cenário recebe visita do público
Tradução em libras durante o espetáculo
Fotos Marcelo Granda
Comentários
Postar um comentário