FINAL DE SEMANA DO BANDO I
Ato em homenagem a Carlos Marighella

Final de tarde na sexta-feira. Um belo grupo formado por homens e mulheres vestidos de branco pela paz e por Oxalá chega ao cemitério Quinta dos Lázaros. O espírito é de celebração. Estávamos todos ali para uma homenagem a Carlos Marighella, um 'mulato baiano' que deixou seu nome marcado na história brasileira. Comunista, poeta, guerrilheiro, ativista político, pai, companheiro... Marighella deu sua própria vida pelos ideais de justiça em que acreditava.

No último dia 10, também dia Internacional dos Direitos Humanos, completaram-se 25 anos do traslado dos restos mortais do "inimigo número 1 da ditadura militar" para Salvador. O Bando de Teatro Olodum, afinado com tudo aquilo que Marighella propunha em sua luta, juntou-se seus familiares e amigos num ato em sua memória.



O Bando formou um coro com cerca de 20 vozes e percussão para cantar o poema Liberdade, escrito por Marighella em 1939, recentemente musicado por Jarbas Bittencourt. A música abriu uma sequência de discursos comemorativos, proferidos pelo deputado Emiliano José, pelo historiador Jorge Nóvoa, por Ana Guedes, do movimento Tortura Nunca Mais, pelo filho de Marighella, o advogado Carlos Augusto e Clara Charf, companheira de vida e luta do revolucionário, entre outros políticos e amigos conhecedores de sua trajetória.


O ato foi registrado por diversas equipes de TV, jornais e rádios, marcando a relevância histórica desta data para a Bahia e a nível nacional.

Juliana Protásio

Comentários

Postagens mais visitadas