40 anos do Teatro Vila Velha
Sugestão de tombamento e imunidade fiscal
Na sessão especial em homenagem aos 40 anos do Teatro Vila Velha, realizada ontem à noite na câmara de vereadores, o que se viu foi o reconhecimento da relevância histórica do teatro. Numa fala longa e que passeava entre períodos históricos e fatos contemporâneos, o historiador Ubiratan Castro pontuou a importância do Teatro Vila Velha para o desenvolvimento de movimentos artísticos e para a reflexão de fatos sociais na Bahia. Lembrou de como o Vila Velha se abriu aos artistas que resistiram à ditadura militar e, mais recentemente, em 2002, de como foi o único espaço em que se discutiu a questão da greve da polícia militar, que resultou no espetáculo Relato de uma guerra que (não) acabou. Por fim, sugeriu que o tombamento do Vila como patrimônio da cultura baiana e brasileira.
Os trabalhos foram iniciados pelo presidente da câmara, o vereador Emmerson José, com a leitura de uma carta do prefeito Antônio Imbassahy, na qual reconhecia a imunidade com relação ao IPTU. Depois disso, depoimentos emocionados seguiram reforçando a importância do Vila na formação política e artística de diversas gerações na Bahia.
A sessão especial, que havia sido pensada inicialmente como uma solenidade meramente comemorativa, acabou sendo o momento máximo de uma polêmica iniciada há dois anos e que ganhou notoriedade na semana passada, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Braskem, quando veio a público o problema da penhora do Teatro Vila Velha. Criou-se uma grande ansiedade entre a classe artística e a mídia locais, que se viram entre declarações contraditórias por parte da Prefeitura, uma saga que parece ter chegado ao final com o último pronunciamento oficial do prefeito Antônio Imbassahy sobre o assunto.
Presidida pela vereadora Olívia Santana (PC do B), a sessão contou com as presenças do diretor teatral Marcio Meirelles, do presidente da Fundação Palmares e representante do Ministério da Cultura, Ubiratan Castro, do reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida, da atriz do Bando de Teatro Olodum, Rejane Maia, da representante da Fundação Gregório de Mattos, Célia dos Humildes, da coordenadora do grupo É ao Quadrado, Elizete Cardoso, e do representante do Secretário da Cultura e Turismo, Nonato Freire. Também participaram da homenagem o saxofonista Antonino e um grupo da Escola de Dança da UFBA, que apresentou uma coreografia resultado dos trabalhos de pesquisa na tradição afro.
Todos que fizeram uso da palavra ressaltaram o papel desempenhado pelo Vila na dinâmica cultural da cidade. Marcio Meirelles, coordenador do coletivo que atualmente administra o Teatro, ressaltou a utilidade pública dos teatros, enfatizando o benefício que suas atividades trazem para a sociedade. Em seguida, Rejane Maia, Elizete Cardoso e Célia dos Humildes falaram da forma como o trabalho do Vila Velha influenciou sua formação pessoal, ideológica e profissional, por se tratar de um espaço popular, receptivo ao público, a projetos inovadores e onde há diálogo entre os artistas e a comunidade.
Marcada pela emoção e resgate histórico, a sessão acabou representando a vitória do Teatro Vila Velha em uma mais luta em prol da arte e do público baiano.
Sugestão de tombamento e imunidade fiscal
Na sessão especial em homenagem aos 40 anos do Teatro Vila Velha, realizada ontem à noite na câmara de vereadores, o que se viu foi o reconhecimento da relevância histórica do teatro. Numa fala longa e que passeava entre períodos históricos e fatos contemporâneos, o historiador Ubiratan Castro pontuou a importância do Teatro Vila Velha para o desenvolvimento de movimentos artísticos e para a reflexão de fatos sociais na Bahia. Lembrou de como o Vila Velha se abriu aos artistas que resistiram à ditadura militar e, mais recentemente, em 2002, de como foi o único espaço em que se discutiu a questão da greve da polícia militar, que resultou no espetáculo Relato de uma guerra que (não) acabou. Por fim, sugeriu que o tombamento do Vila como patrimônio da cultura baiana e brasileira.
Os trabalhos foram iniciados pelo presidente da câmara, o vereador Emmerson José, com a leitura de uma carta do prefeito Antônio Imbassahy, na qual reconhecia a imunidade com relação ao IPTU. Depois disso, depoimentos emocionados seguiram reforçando a importância do Vila na formação política e artística de diversas gerações na Bahia.
A sessão especial, que havia sido pensada inicialmente como uma solenidade meramente comemorativa, acabou sendo o momento máximo de uma polêmica iniciada há dois anos e que ganhou notoriedade na semana passada, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Braskem, quando veio a público o problema da penhora do Teatro Vila Velha. Criou-se uma grande ansiedade entre a classe artística e a mídia locais, que se viram entre declarações contraditórias por parte da Prefeitura, uma saga que parece ter chegado ao final com o último pronunciamento oficial do prefeito Antônio Imbassahy sobre o assunto.
Presidida pela vereadora Olívia Santana (PC do B), a sessão contou com as presenças do diretor teatral Marcio Meirelles, do presidente da Fundação Palmares e representante do Ministério da Cultura, Ubiratan Castro, do reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida, da atriz do Bando de Teatro Olodum, Rejane Maia, da representante da Fundação Gregório de Mattos, Célia dos Humildes, da coordenadora do grupo É ao Quadrado, Elizete Cardoso, e do representante do Secretário da Cultura e Turismo, Nonato Freire. Também participaram da homenagem o saxofonista Antonino e um grupo da Escola de Dança da UFBA, que apresentou uma coreografia resultado dos trabalhos de pesquisa na tradição afro.
Todos que fizeram uso da palavra ressaltaram o papel desempenhado pelo Vila na dinâmica cultural da cidade. Marcio Meirelles, coordenador do coletivo que atualmente administra o Teatro, ressaltou a utilidade pública dos teatros, enfatizando o benefício que suas atividades trazem para a sociedade. Em seguida, Rejane Maia, Elizete Cardoso e Célia dos Humildes falaram da forma como o trabalho do Vila Velha influenciou sua formação pessoal, ideológica e profissional, por se tratar de um espaço popular, receptivo ao público, a projetos inovadores e onde há diálogo entre os artistas e a comunidade.
Marcada pela emoção e resgate histórico, a sessão acabou representando a vitória do Teatro Vila Velha em uma mais luta em prol da arte e do público baiano.
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