tag:blogger.com,1999:blog-5023278.post8627177347216316595..comments2023-08-30T00:36:43.887-03:00Comments on BLOG DO TEATRO VILA VELHA: Agitos do fim de semanaTEATRO VILA VELHAhttp://www.blogger.com/profile/12021830185861199094noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5023278.post-32984582514275325242008-11-29T16:04:00.000-03:002008-11-29T16:04:00.000-03:00O OLHAR BRANCO INVENTA O MUNDOO Espetáculo de teat...O OLHAR BRANCO INVENTA O MUNDO<BR/><BR/>O Espetáculo de teatro, O olhar inventa o mundo, com direção de Felipe de Assis, impressiona pela plasticidade e deixa a desejar pela dramaturgia fragilizada, poesia interpretada de forma jogralesca, por bons atores que não ousam interpretar os seus textos de forma menos linear. Com exceção de Neide Moura, que em alguns momentos seduz a platéia com uma interpretação mais espontânea, libertando-se da forma da poesia, coisa difícil de fazer quando se trata desse gênero literário no teatro.<BR/>O espetáculo sem a dramaturgia seria um belo espetáculo de dança, muito bem coreografado, com excelente trabalho de corpo dos atores, desenvolvido pelo ator, dançarino e performer Thiago Henoc, sem falar no interessante figurino de Rino Carvalho. O forte do espetáculo é a plasticidade, com belíssimas imagens que se sobrepõe ao texto. Na verdade, tudo se sobrepõe ao texto. Daí a falta de conexão. O cenário moderno da Mine Usina de Criação, funcional, prático, porém mal aproveitado, entra e sai para uma cena ou outra, sem que o ator possa de fato explorá-lo, como pede a sua forma. Formas ( biombos?) que não se relacionam entre si, com exceção do final, onde a cidade é construída de forma acertadamente pela direção. <BR/>Um olhar inventa o mundo. Mas que olhar é esse? Que mundo é esse inventado por esse olhar? Um olhar que não vai além dos jardins blindados, pode inventar um mundo? É de se duvidar, até porque o mundo, principalmente o mundo baiano, é um mundo mais duro, gracioso, porém concreto como as panturrilhas da mulata que desce o morro, morro esse que certamente nunca foi visto por esse olhar.<BR/>Dividido por blocos, numa referência ao teatro de Brecht, a divisão desses blocos, aparece de forma escrita ou verbalizada pelos atores. O dramaturgo e encenador alemão, com sua teoria, que propunha uma representação épica, pretendeu opor-se ao "teatro dramático", que conduziria o espectador a uma ilusão da realidade, reduzindo-lhe a percepção crítica do texto. O "efeito de distanciamento", sugerido por Brecht, visava estimular o senso crítico, tornando claros os artifícios da representação cênica e destacando conseqüentemente os valores ideológicos. O teatro de Brecht é eminentemente político. Não de forma indireta, mas aberta e declaradamente. Mas como o texto da montagem a qual me refiro, não traz valores ideológicos a serem ressaltados, e a montagem não é assumidamente brechtniana, o dramaturgo alemão ficou apenas na referência mesmo, até porque o mesmo recusava-se a aceitar uma poesia alheia aos acontecimentos sociais. Exige que ela seja atuante sem perder, entretanto, o seu sentido artístico. A poesia moderna, segundo o dramaturgo alemão, deve estar ao lado da revolução.<BR/>O diretor que nesse espetáculo se revela um encenador, cuidadoso com a encenação, no que diz respeito ao espaço cênico, marcação e movimentação dos atores, esqueceu-se de cuidar da interpretação, que em alguns momentos beira à declamação.<BR/>Que esse espetáculo, assim como o olhar da autora, amadureça e ultrapasse o espelho, inventando mundos menos brancos nessa Bahia tão negra. <BR/><BR/><BR/><BR/><BR/>Ivan Santtana<BR/>Ator, poeta e arstista plásticoCOMPANHIA DE TEATRO POPULAR NOITE DE REIShttps://www.blogger.com/profile/01073251036568122980noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5023278.post-45860739457905794922008-11-28T10:59:00.000-03:002008-11-28T10:59:00.000-03:00Eu posso cantar "A triste partida" de Gonzaguinha ...Eu posso cantar "A triste partida" de Gonzaguinha com o meu triângulo? Vcs vão adorar! :p<BR/>rsrsrsrsAnonymousnoreply@blogger.com