Teatro Vila Velha, Nomes e História

Carlos Petrovich, Carmen Bittencourt, Echio Reis, Othon Bastos, Sônia Robatto e Tereza Sá. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Harildo Déda, Os Novos Baianos, Virgínia Rodrigues e Lázaro Ramos: o que esses nomes têm em comum? Além do talento inegável, são todos artistas que chegaram ao patamar de reconhecimento do grande público e que tiveram no Teatro Vila Velha espaço para seus primeiros passos no palco.

Um pouco de história
Dias depois da inauguração, entrava em pauta a exibição do antológico show Nós, Por Exemplo, que revelou Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa e Tom Zé.

A primeira peça teatral levada à cena no palco do Vila foi Eles Não Usam Bleque Tai, montagem de João Augusto da peça de Gianfrancesco Guarnieri e que contou com a participação da escola de samba baiana Juventude do Garcia. O grupo formado pelos atores Carlos Petrovich, Carmen Bittencourt, Echio Reis, Othon Bastos, Sônia Robatto, Tereza Sá e o diretor artístico João Augusto transformou o Teatro Vila Velha no símbolo de resistência cultural de uma época em que era proibido proibir. Atravessaram os anos 60 e 70 provando que ainda existia vida inteligente no país.

Os anos 80 e início dos 90 foram difíceis para o Vila. Com a morte de João Augusto, em 79, o teatro viveu várias crises. Seus gestores fizeram o possível para que sobrevivesse aos novos tempos, sem um novo projeto artístico e político.

Em 1994, o diretor Marcio Meirelles, com o Bando de Teatro Oldum, Chica Carelli, Zebrinha, Tereza Araújo, Zeca Abreu, Marísia Mota, Hebe Alves e Angela Andrade, retomaram o projeto original dos Novos, propondo a restauração de um teatro de artistas, centro de pesquisa e invenção.

A partir de dezembro de 1995, o teatro passou a ser inteiramente reconstruído. A primeira etapa do projeto arquitetônico, de Carl von Hauenschild, foi inaugurada um ano depois do início das obras.

E Cristina Castro, Jarbas Bittencourt, Débora Landin, Gordo Neto, Gustavo Melo, Vinício de Oliveira e Fábio Espírito Santo aderiram a proposta trazendo ricas contribuições e uma dinâmica única, consolidando a singularidade do Vila Velha no cenário nacional.

Em maio de 98, foi entregue ao público e aos artistas um teatro contemporâneo, confortável e bem equipado. A estréia foi com o espetáculo Um Tal de Dom Quixote, dirigido por Márcio Meirelles que reunia o Bando de Teatro Olodum e reativava a Cia. Teatro dos Novos. Do teatro original, restou intacto e renovado o espírito.

Nesta nova fase, outros grupos passaram a residir na casa: a partir de 1998, o Viladança; em 2001, a Companhia Novos Novos e o Vila Vox (hoje em outra sede); e em 2004, A Outra Companhia de Teatro.

Em 2006, o diretor Marcio Meirelles foi chamado pelo governador Jaques Wagner para assumir a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, pelo trabalho que desenvolveu no Vila. Desde então, muitos dos outros artistas que o revitalizaram continuam mantendo-o vivo. São, ao todo, mais de 100 pessoas que fazem funcionar esta usina de cultura chamada Teatro Vila Velha.

Comentários

  1. Onde está o nome do nosso querido Marcio Meirelles, que nos trouxe de volta, o Teatro Vila Velha, depois de muito tempo parada e acabado? Nas minhas lembranças de infäncia, o Vila era um galpão esquisito, velho, onde eu via peças infantis. Hj, o nosso querido Vila, com 46 anos em cima, por conta do trabalho e luta de alguns, está aí, lindo, vibrando e contribuindo ao longo desta trajetória, para a carreira de muitos artistas, hj famosos, como citado no texto, e trazendo alimento para alma de tantos outros que frequentam esta casa.
    Parabéns, Vila Velha, por estar presente em nossas vidas, e obrigada à todos aqueles que contribuiram e continuam contribuindo para que Vila aconteça!
    Andréa Gama - produtora cultural e fã incondicional do Vila Velha.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas